True Moon

True Moon
Everyshit has it darkside

sábado, 21 de março de 2015

dor no dente

Dor no dente. Qualquer coisa que eu faça alivia, mas não resolve. A resolução é o controle, esse controle é a ideia sobre dor e os acidentes suas causas. 
Evita-la resolveria... mas a dor não é resolução ela é dor. 
O doer enraizado na gengiva dói. Doer amargo e dali onde sei, onde a dor tem uma casa, e pelo que escrevo.
coisas que penso no ônibus
ô mania de transformar tudo em palavra...

segunda-feira, 16 de março de 2015

pra que tanta curva

Desperdício é o passo depois da ideia primeira, desperdício é a envergadura moral, desperdício é buscar, buscar, buscar o eterno amor que já tem inicio aqui donde dele sei. O caminho indireto para aquilo que nunca vou poder capturar, ter de novo a sensação desse sublime intraduzível, é um caminho prolongado de insatisfações e desespero. O prazer de objeto corpóreo, torna fixa e distante a linha que o caracteriza ideal, o interior de uma vida eterna, que em pranto acaba tão cedo. Deus é o culpado pelo pouco tempo que a vida do homem tem para tornar real este sonho, sonho de sexo, fome e sede.

Me cobre de poeira a carreta esferográfica, mas, ademais, sou no pó. Eles, os homens da corrida e do estável exuberante, retumbam no patamar escolhido de um absoluto orgulho bestial babando, com tal bravura cercando palavras de realidade, transportando-se projeções de si sobre as esferas da angustia, e do simplesmente nada inobjetivável.

Céu nominado, que sinônimo és tu, retardado, sobre a exigente excelência de um bem pensar de olho cruzado. Quis saber por onde começas, e onde no inicio já havia eu pobre acabado, do corpo vertiginoso, das pernas dormentes, na gravidade em terra calado.

Que tecido inexorável carrega uma certeza afirmada, gaguejando entre as vírgulas e lacunas de um bem supremo que, na curva do vento, no pobre alimento, a solidão mesquinha de meu pequeno quarto, realiza entre os pequenos desejos, movimento espiritual de um querer de só sede, depois do umedecer e a secura, a pura contemplação de nada.

O tremor que soa frio carrega meu silêncio, sou eu prisioneiro de um primeiro passo sem nome. Angustia.

Com que bravura castiga o sofrimento guardado e aguardado, sem nome e de vidro, qual assombra em realidade o covarde, este que sente como se fosse a forma de um sábio, por tornar da chuva um algo.
Um tanto de coragem menos um pouco de covardia, a fórmula do pensamento.


O caos é o vicio que permite a vida.