True Moon

Everyshit has it darkside
terça-feira, 22 de março de 2016
memória tua
Um monte de papéis amassados dentro da minha mala...
Como memórias que gravei em papel, numa tentativa de tornar possível mais uma vez...
Memórias com as quais não soube direito o que fazer.. e as deixei ali esperando pra serem redescobertas, ter uma nova chance.. talvez.
Como seria bom se, assim como numa peça teatral, as emoções pudessem ser revividas... extraídas das palavras que tentam as descrever.
Porém, mesmo que eu queira com todas as forças, o passado deve ser revisto mas não revivido..
O passado nem adormece dentro de nós, não é como se tivéssemos pequenos lugares ocupados de lembranças.. um grande muro que viria a ser nossa identidade..
Na verdade o que importa ainda é.. Como diria renato russo: "o que foi escondido é o que se escondeu, e o que foi prometido ninguém prometeu."
Esse tal passado que nos perturba com amargor, nos atiça vingança.. todo isso que faz com que nos voltemos tanto para trás que esquecemos então de prosseguir, é o que chamamos de ilusão.
É bem confortável o pequeno espaço de uma ilusão, inclusive nem precisa se preocupar com mudanças, readaptações.. nada disso acontece ai.. no campo da ilusão tudo sempre é igual..
Só que, quando qualquer coisa passa a ser aquilo que você já espera.. dai nunca é..
a sensação de procurar os olhos de alguém e sempre encontrar uma mesma pessoa.. isso deve ser no mínimo insano..
A abertura de nós mesmos, numa vivência nova, possibilita que a gente se surpreenda.. com isso que nunca tinha sido visto até então.. e ai, quem sabe, amar mais uma vez..
"Quando te vi a primeira vez
Foi como te ver pela última vez
Pois, nossos olhos revelaram para ambos
Um instante inesquecível.
Recolheram-se no olhar as intenções mais verdadeiras
Entre nós revelamos, em palavras, nossos sonhos
Encontro que possibilitou a visão a enxergar a mais escondida das qualidades
Que me fez perceber os traços não da tua beleza, mas os traços da intenção do teu sorriso
E que agora me faz acreditar sem querer que nada mais pode ser assim tão real
porque, o que aconteceu, foi a melhor coisa possível..
Que sorte estranha te ver por aqui
Que sorte conhecer alguém tão especial em lugar nenhum
Tenho muito medo que você desapareça
Porque se esse mecanismo de defesa serve para algo,
deveria para proteger-me da tua ausência
Espero, em silêncio, tentando pensar
Mas tudo bem, eu vou ter calma.. não precisa gritar
Só não vejo muito sentido em continuar
quando apenas nós dois construímos tudo, e muito mais, do que pode-se imaginar
Uma nova lembrança boa... que eu compartilho
Uma nova maneira de reconhecer a existência... a partir do nosso envolvimento uma nova esfera, um novo sistema, um novo ar, um novo sabor, um beijo sem fim..
se bem guardado, que eu sei que ai está..
todo aquele dia, quando fui seu - sei que foi minha também
Um tempo sem contagem, um tempo sem fim.. daquilo que nos exigia a falar, daquilo que nos exige a ligar, a querer mais uma vez
Todo aquele dia é uma fotografia na parede da minha memória
Parece que falar de você nunca é o suficiente
Parece que não tem fim
Eu bem queria continuar pra sempre
Mas vou, por agora, dar um espaço só.. pra podermos nos encontrar de novo
e, dar razão, pro motivo desse grande amor.. que é maior do que meras palavras.. e o tempo.
"
quinta-feira, 17 de março de 2016
Dia livre, pra fazer alguma coisa
Os dias de
liberdade são os melhores. (sem o martírio de um referencial persecutório. Sem
a lamentação de uma história passada, uma posição fetal exclusiva, um cantinho
feio pra arrumar o cabelo, pra se olhar no espelho, e acariciar o rosto, a
ferida aberta de fora, a marca insistente do outro. Ruminação sem fim de eu
mesmo. Cansei de mim hoje : estou aberto para não gostar disso tudo que insisto
pra gostar tanto.)
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