True Moon

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Everyshit has it darkside

sábado, 1 de março de 2014

Saber

declarar a própria ignorância...
se ter coragem é ter coragem de atingir aquilo que é necessário, que as vezes é nublado por medo, ter coragem é ter bondade.. bondade para com nós mesmos em relação a nossos anseios, os sonhos.

O maior dos medos é o de não saber
ser insolido
ser insuficiente para si mesmo
 temer o não saber é declarar que não se sabe, pois ninguém teme aquilo que não existe.. o que existe aqui é o não saber
 logo, se declarar ignorante é ter coragem de dizer que ainda não sei.. mas que posso vir a saber.

  Mesmo quando se trata o saber, saber algo não tem nada a ver com a verdade
saber é como se firmar sobre pedras num pântano.. esse pântano são as incertezas.. a verdade não se encontra nele.. e o saber é uma suposição segura, uma opção de caminho, daquele que emergiu do caos, o pântano, e estabilizou um caminho. Poderia esse caminho ser sobre as árvores, mas a estrutura enquanto se manifestando formou-se doutra maneira, de tal forma que talvez a árvore nunca tenha sido uma opção.

  A problemática é que aquele que esta seguro demais no seu pedregulho sabe tanto dele que perde a capacidade de perceber a árvore, já que o saber é uma estrutura, no inicio simples, vinda de um pensamento básico, mas quando complexada torna-se poder além do que é. Os criadores, projetores e desenvolvedores do saber inicial não vislumbravam a sua complexidade, complexidade que toma forma com o passar do tempo.
  Um saber é então deixado de ser parte do homem para ser construído fora dele, torna-se um complexo de vários pensamentos, é poderoso, é digno agora de muito tempo posterior para ser compreendido, seu valor é superestimado. Pois é esse mesmo o concretismo que mantém a estrutura, os pilares que sustentam o teto que é a maneira de pensar do homem racional/sentimental.  A partir desse saber, endeusado, tudo se baseia, lembrando que ele é a fuga de uma consciência primitiva, uma consciência sem estar consciente, para uma consciência agora consciente do que deve estar consciente, do que é necessário estar consciente, do que precisa ser consciente.
De tal forma que o primeiro hábito, que é a primeira repetição de uma experiencia não falha, de resposta completa, do externo para com o homem, tornar-se habito excluindo assim as outras possibilidades sem antes determinar o valor de todas essas.
Num oceano de possibilidades de existência, somos ciclo, somos repetição, a consciência é baseada no saber, na estrutura estipulada pelo homem da vida, a consciência é um sintoma.

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