True Moon

True Moon
Everyshit has it darkside

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Sorry, not open for business yet
Esse jogo parece que faz muito parte do que eu sou, essa conexão que fiz com ele foi num tempo de adolescência. onde eu costumava ocupar aquele papel do carinha que sentava na ultima carteira e só andava de toca haha. Nunca me interessei muito por aquilo que exigia mais do que eu poderia oferecer, sentia que olhavam pra mim como se estivessem tentando me transformar, como se algo estivesse escondido em mim, algo melhor do que evidentemente eu era, só faltava retirar esse "potencial". Teve até um tempo que fui recompensado por boa conduta pelo professor de ciências, lembro que me assustei, porque parece incomum receber recompensa por simplesmente fazer aquilo que me interessava, sempre gostei de ciência. A educação que recebi nas escolas por onde passei sempre foram como marteladas, tentativa abruptadas de regular meu conhecimento. Entristecia por receber represálias e tentava entender oque no comportamento dos 'adaptados' ao estudo, comumente chamado de nerds, tinha de melhor do que eu.. Nem sempre estamos tão certos do que pensamos sobre os outros, e as vezes a forma dogmática como nos habituamos a fazer acaba esquecendo e marginalizando aquilo que parece tão mais complicado..
Nesse esquema devil may cry caiu como uma luva pra mim, reconheci ali a possibilidade de tornar o que esta adiante de mim em realidade pro meu ser, já que as atitudes controvérsias, e a forma "take it easy" do dante de tratar situações tão densas, tão cheias de atenção, mas que em sua maioria são só parte de um script, de um ritual premeditado que mais afasta do viver, já que o estigmatiza. O medo transforma a dinamicidade da vida em falsos sorrisos, em gritos de fúria atrelados à verdades basais que significam vidas, que dão sentidos pra um vazio perante a finitude, a morte.
Nesse contexto passei a ser um observador, agir não faria muito sentido, já que qualquer ato parecia se basear numa estratégia racional de prazer imediato, a vontade de fazer estava sempre relacionada a vontade de aparecer, de ter nome... Talvez hoje eu esteja mais próximo do que pode ser um vagabundo, "Nunca trabalhou? Não tem carteira de trabalho?", mas me pergunto até onde sou capaz de aguentar a humilhação de trabalhar por dinheiro, agir pelo ter, agir pelo produto... sorry, i'm not open for business yet.
Ah, e esse jogo é bem divertido, pra quem nunca jogou xD

Nenhum comentário:

Postar um comentário