True Moon

True Moon
Everyshit has it darkside

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Não desejo sim

Pela minha solidão eu amo. Estou sozinho por estarmos separados.

A luz dos postes correm como a falência de minha alma.
Meu objetivo é sorrir... e carregar com atenção no peito minhas escolhas. Mas minhas escolhas tão pouco absolutas quanto minha condição humana

O otimismo que não questiona o final, é o mesmo que ignora as possibilidades. Quais são as nuances assustadoras que podem me roubar a felicidade num só instante, como o princípio, como a infância.
E não só a felicidade que compra, mas a perspectiva que a primavera carrega consigo, no vento de seus aromas.

Talvez a figura que agora se estabelece moldurando minha consciência sonha em justificar a tristeza inevitável que me corrói o animo. Sou, no fundo, e com pouca propriedade afirmo, a questão que lhe torna amante e a mim um pensador.

Como se a vida estivesse entre o espaço do limite e o espaço da morte... Num tempo de gasto de energia, de limite da minha intenção, da cristalização da vontade, da expansão criativa. O grito da garganta, as moléculas em frenesi e calor, o colapso supernova. O vulcânico e a chama bruxuleando, e a mão da arma do destino incinerando, campos e campos de uma agricultura em fogo.

Escuto as vozes por ai. Nada prometo, nada obrigo. Espero assim não conhecer alguém, mas estar feliz ao teu lado.
Não sou de nada, não ofereço. Mas se me pedes, conversaremos sobre o que é nosso. Meus amigos são minha vida e meu silêncio.

Quero ser um artista,
transpiro arte e no espaço dedilho as constelações sublimes dos meus sonhos
mas se quiser falar de nós, sente-se aqui no chão do meu lado e falaremos de qualquer coisa.

Talvez se eu fosse um magnânimo lutador os olhos da beleza perfeita olhassem pra mim com sede
A beleza perfeita que é uma comida bem mastigada. Uma realidade bem estipulada, que luta pra apagar a si mesma, e as tristezas de saber de si como um nada.

O tristeza linda que é a saudade de você.
Solidão insegura que me faz ressuscitar transmutados monstros antigos pois o futuro enegrece oprimido em meu horizonte rarefeito, dissolvendo, do inerte não sentir, da falta de vontade de amar.

Mas que amor tão ilustre que insiste e exige todo o meu folego. Quieto confortado, pela lucidez de qualquer consciência, mesmo que me custe ti e a esperança, que da abrigo ao leproso, prefiro ser peregrino à mentira do bobo eterno feliz.

Não roubo teu espaço
cão desesperado da vida conquista
não te roubo nada
Só me deixe um pequeno de lugar
pra poder sorrir quando eu estiver sorrindo

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