True Moon

True Moon
Everyshit has it darkside

segunda-feira, 20 de junho de 2016

promessas

Que escuridão doce
Dos meus solos sozinhos amanhã

Que solidão pequena
Do meu coração apertado

Que aperto no corpo de tanto consumir vazio
Estou repleto de pouca luz
Estou de pouca luz algumas palavras
Estou em algumas só que, de verdade, em nada

Faço que faço e minto que não fiz
Pra me apaixonar de novo faço de conta

Faço de conta que nunca te vi
Faço de conta que não quero te ver
Faço de conta que sou assim complicado
Um pouco misterioso pra ninguém saber de uma vez
Sou o mata tempo que não se encontra numa revista ou na TV

Faz tanto tempo mesmo que ninguém faz nada
São só áudios e vozes, e algumas coisinhas sem sentido na pequena tela
Um vazio de ego, um eu famoso

Sou para todos lá o que nunca fui, e tudo o que há lá são amontoados, quilos e quilos, sem espaço nenhum na realidade, de pixels
Pixels, só pixels
O espaço do meu lado ainda é escuro e a chuva cai sem som de nenhum passo, eu escuto a mim mesmo respirar, e escuto o ritmo acelerado do meu coração que
Torno real com essas palavras, que faço surgir com as marcas pinceladas da minha mão,
Na sombra iluminada, de uma tela e um colchão e a coberta cobrindo todo esse frio
Que eu nem sei mais se é de verdade ou uma desculpa que me convence, e da um tempo pra todos perceber que a era do gelo chegou em nossos corações de metal
Durmo quieto
Aquietado por uma passarela, uma aquarela, uma parede branca de sinais vazios de olhos e desenhos sem nenhum sentido
Esses que são o retrato mais fiel dos lapsos e lacunas deixadas pelas era da não-informação
Quase como germes terminamos de comer e não sentimos o gosto do resto ainda na boca de comida
Para mais um alimento numa esquina de rua e riscos, e marcas pintadas vermelhas nos chãos e nos postes imagens deformadas de um talento sem fim, para o fim da imagem própria que torna o corpo respondido, torna o corpo resposta à ponta de navalha e agulha, da droga da tatuagem, das bandanas engolidas nos cantis de conhaque
Verme sonolento que cansa mas não dorme nem sonha, pois quem quiser que for que se controle ai debaixo dessa totalidade de perfomance natural, em todo lugar onde vou dizer pra quem me espera que todo mundo sabe, que nós somos tão belos e a juventude de nunca mais morreu, nem nasceu.
Eu ouvi falar de um grito de fúria nos magistrados da burocracia, e ouvi falar de um grito de ar no pulmão de uma pessoa que parecia mais um nada.
Nesses vermelhos movimentos disformes eu vi nascendo a tristeza, a violência, e só aparência
Num querer que se não poder não será digno de nada, novo maltrapilho que será o melhor do mundo e se não for será o grande lixo da humanidade, lixo que se reserva para quem não lembra e lixo que se reserva para quem quase lembra. Somos nada mais que um monte de patetas querendo ser o que não são para provar alguma coisa pra não sei quem... Enquanto a vida passa e o dom não é aquilo que desejam as grandes lojas que vendem guitarras a cobrar, que vendem músicas que nunca vão durar, que produzem em palcos pequenas parcelas de ninguém, de alguns modelitos estampados num verão atrás só pra mostrar no sol que se pode mais, pra deixar e ser assim especial depois da carne, enquanto matam nos grandes abatedouros milhões de vocês mesmos.
Ri, ri, ri, ri, grande homem atleta do topo dos prédios, gorila que domina e governa o oceano atlântico, o indico, o pacífico, e as gélidas montanhas invisíveis que estão barradas pela claridade da lua onde morrem os poetas enganados por estampas e latas e cores.
E doutro lado o nada que empurra com a barriga o querer e torna o mais possível simples no complicadíssimo impossível já que ainda não é tudo

Tudo teu quase nada, porém ainda não lá.. morrendo de amor pelo que ainda não é, depois de três ou quatro segundos espera de novo que depois de três ou quatro segundos poderá esperar de novo depois de três e quatro segundos que nunca mais pode ter certeza só aqui e já da tua infelicidade num mundo de promessas 

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