True Moon

True Moon
Everyshit has it darkside

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

é cada um que me aparece...

Bom dia.

é cada um que me aparece...

loucos varridos, anulados, niilistas.
que não acreditam em nada de si, nem de eu, nem do existir, nem de coisa nenhuma
e que dai dizem que qualquer coisa que é tu também não é, enclausurados por demais em bolhas narcísicas
triste rapaz disposto a matar pra ouvir de alguém que tem um lugar
só quero que você se foda, por favor.. não me encha o saco. Nem me olhe quando eu tiver passando na rua.

mulheres amantes de ideias que carregam em pingentes no peito
e que questionam a filosofia, a ciência e o mundo
e que não compreendem a sutileza do toque do coração, e que talvez nunca tenham ouvido ele bater, e que não abriram a porta no dia em que o vento silvou, no dia em que o mundo resolveu falar

procuram o silêncio quando querem alguém que fala demais
procuram a morte quando querem viver
e aguardam como se a qualquer momento deus fosse cair na terra, ou o diabo fosse se descolar do mundo inferior pelas frestas de um bueiro

licença, desculpa, por favor, sei lá
maneiras de uma culpa humana pintar a tristeza, uma tristeza evidente nas folhas mortas, nas estradas que tornam-se negras de medo, a sujeira da rua, etc.

Imposições violentas de uma ideologia que mais serve para alimentar ego, imposições dessa à uma realidade que simplesmente está ali, qual faz o corpo tremer, o suor escorrer, acelera o batimento, é sensível ao toque.

Jogos de poder... não se trata da experiência, de uma contemplação do momento, de um falar alguma coisa, do acaso de estar vivo. Mas de uma necessidade de afirmação de si mesmo, de um posicionamento, de uma postura, de peito estufado...

O poder acaba com as pessoas, apaga sua singularidade, as coloca todos sob o mesmo julgo. Algumas sairão feridas e outras identificadas com a ideia de maior e menor, pior e melhor, superior e inferior.

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