você, criatura torta
estrangeiro maldito
de você me escondo
atrás de palavras
escudo moral, defesa inviolável
estrangeiro que está a centímetros de distância
estamos separados pelo comprimento do metal
fio que banha a lua de vermelho
afaste-se!
Recuo, corro, fujo
me esgueirando ladino nas esquinas
conheço e reconheço a fera, não confundo seu uivo, seu rugido
coragem vem de espada na mão
coragem vem aplacando brumas, assoprando nevoeiros
abstraído esquece-se do sótão, esquece da entrada à esquerda
seduzido na sala por um objeto dourado, um plástico qualquer
a mulher lhe diz algumas palavras, pode-se dizer que rolou um sorriso e uma lágrima
depois um cansaço, um adormecer das expressões, e um querer permanecer num beco sem saída, numa teia, numa morte cheia de fantasmas, anunciados pelas últimas tentativas de memória em dar sentido
e a criatura permanece...
Entre esses joguetes da razão, suas masturbações sobre questões sem resposta
O interesse nessas coisas só é interessante quando o olho se abre mais, quando a inveja o toma... o saber sobre as coisas é um ter poder sobre elas.
agora sobre o que as coisas realmente são? Só sei que fácil podem confundir plástico com ouro, chocolate e merda.
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