Infelizmente não há medida, ou sequer qualquer rastro de algo para ser desconfiado.
A existência é um só caos, e caos nenhum afinal.
Sem começo, sem fim
Os planos vão de mal a pior
numa insistência lamentável
nas tentativas de milagres, nos truques da razão
que em declínio iminente
são soprados como a poeira
única substancial de nossos átomos
invisível verdade
lembrada pela inevitável degeneração a caminho da morte
Razão que exige a forma e a retração do crescimento

Que quer ver e não gosta de ser enganada
que anseia encontrar e esconder pra si
numa gaiola no interior de um templo na cidades dos homens
o vir-a-ser, o mistério
Glorioso é o que
ou o que digno de alegria
digno de uma excitação orgânica
que respira e inspira a morte a vida em todos os momentos
nessa dança natural
onde por um lado alguns continuam
e pelo outro perecem
e caem,
um a um,
sem distinção,
no abismo de uma eternidade vazia de palavras e pensamento
será que há qualquer comentário que possa ser feito acerca do que há após a queda?
Silêncio que acompanha a nulidade da ausência de vida
Absurdo para os olhos que costumam ver algo, e que então passariam a ver o que não se vê
Glorioso
tal palavra
que totalmente fora dos fatos do próprio existir,
queria eu saber como e em que circunstância poderia ser aplicada, ou em que tipo de situação veio a surgir
E
se é que nem sempre se perde tempo venerando
deveria-se dar mais valo ao único lugar da vida: o agora
Entre o passado história, e o futuro incerteza
Casas sobrevoando os céus,
estruturas que são sopros e danças da era do vapor
que são ideias
e que vivem na cabeça
e que também sou eu
e você
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