A vida é uma dança de características distintas
se encontram, se desfazem, se reconstroem, se trocam, na palavra ou no toque,
enquanto vivos um caminho
nem sempre de terra ou asfalto,
as vezes parado,
um caminho..
que ilumina na dança do corpo
que é balanço de energia, em alguns casos vibrante
onde quem dispara, ou no olhar do silêncio
é o potencial
Enquanto penso
é do meu amor que florescem as palavras
que transbordam de mim a essência
e esclarecem os significados
para quem poder ver...
e quem não: também não eu
mas outro que diz, ou canta, ou chora, ou nada
para meus olhos antes da manifestação
inpercépto
insignificado
Da dicotomia a dialética do ser que reina
torna vivo o milagre no universo da existência
disparo de um universo longe do conhecer do meu saber
sentimento de uma razão sentida
que palpa e tateia a vida, antes da dedução
minha covardia hipotética, mas que me cria, então ainda eu
Sofro pelo que não sei, pois não sei o que é
nem longe, nem nos pormenores
pois é depois de quando eu termino
Entenda quando eu digo
que não é por mal que te machuco
mas é por não poder adotar aquilo que não me pertence
não um cego, mas de outro constructo
sou a possibilidade desviada
sou a clareza onde há treva
e a bondade no caos
E se não poder saber o que é entender
então, cuspa, violente, ou sorria
apenas, e antes disso, pois é assim que sei dizer
siga pelas curvas da estrada
da qual
eu de longe sei só o nome
e o peso do deslocamento de uma forma concreta ainda não viva no espaço.
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