Noite negra
que de cima da pedra plana
adiante da pilastra roída
mato, capim, ratazana
num pequeno pântano
no canto da terra vermelha
Um mendigo, amigo
da voz antes do sabido
Residente da palavra pouca
pois não há nome para o substrato do amar
No tijolo
da obra antissimétrica
cada espaço é uma tremida
enquanto embala junto do pendulo
ecoando a proximidade do fim da vida
Na luz
tem condição e qualidade de luz
Na luz
a luz
e só
No silêncio o grito de todos
do pó ao pó
com a morte todos os planos
Restam migalhas
concomitante esperança
para nossos erros
Se personal, sou objeto
e preconceito
não digo mais nada!
nada enquanto é tudo
aos convidados, aos conhecidos
no passado, sob a terra
nome só resta eu, e sobre mim chamem eles...
No escuro as velas significam nosso amor
tátil pela capacidade
apático, desamor, que não viu
mas não tem nome
calem a boca do mais um que não desistiu!
pela febre que corrói
pelo medo do esquecido
da transformação
Mas que falta do nunca tive..
egoísmo meu tornar teu corpo meu abrigo
minha energia em teus contos
minha casa em tua cova
que abriga no gosto da boca o infinito que me apaga
um abraço do coração distribui a alma sobre a pele
Escravo
zumbia deambulante
como da vida
construo a minha, tua, nossa, casa
na terra de nós
semeando nossos filhos
passos certos enquanto escuro
se esclarecido virá a ser
se não é até agora
é porque nunca foi ainda
em tempos de guerra
venha a paz
em tempos de paz
o marasmo clama a agitação dos corpos
nossos corpos
assim como nós, os de nossos pais
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