True Moon

True Moon
Everyshit has it darkside

terça-feira, 24 de junho de 2014

Machine man

No silêncio há o deslizar dos passos
E mais nada
não há nada pois não há espaço num mar vazio sem memória e palavra
a escuridão não respira
nem chora

Nela sou eu, e eu sou eu,
a palavra deixa de ser marca
e no asfalto correm todos dentro de máquinas enquanto
depois da porta...
sou eu e o nada

Na escuridão não há vontade
nem de silêncio

Não há escolha

A escuridão estagna, repulsa
seca a flora e esconde a fauna
o mal escapa diante do calor do fogo
e o coração frio é aquele que não ama

Eu me comunico com os carros
a máquina é a ultima lingua apreendida pelo homem
solitário

Na casca do design
a ultima voz
tangenciando em formas funcionais
uma civilização produtiva, progressiva,
até onde pode ser visto

O toque é metálico
conclui-se na resposta
como um quadrado que se termina em 4 lados

As posições tomaram nomes
a alma guarda-se no fundo
resignada pela imagem

São ruídos normalmente aceitos
duma violência coletiva, e socialmente aceita

Todo o ouro, toda a prata, para o resto, e o bronze
é o que resta pra entender

O ideal ainda aguarda...
num entendimento pressuposto pela angústia

Enquanto tudo é verdade em mundos observados de fora

Somos a função
na matéria ganhamos nome
e vivendo temos significado

Sou o ladrão, o padeiro ou o bancário
da minha boca: o roubo, o pão e o dinheiro

Palavras chaves completam o quebra-cabeças que faz de eu: numero/pessoa

Sou máquina que escreve,
sou escritor,
sou a máquina.

domingo, 8 de junho de 2014

O pouco que da-me o nome

O homem guardado, permanecido no lugar resignado, obstinado pelas câmeras que o guardam.
Deus é o nome do vigilante incessante, civilização é o nome da culpa...
e no escuro floresce em silêncio. Goza fisiologicamente, mas a ativação neuronal é a submetida pela condição: Gozo por dinheiro, gozo pela bunda saliente, gozo pelo tornozelo. Os olhos sensualizados são respostas imediatas às perguntas que carregam na semântica os próprios significados.
Deixei de receio, quando a tosse consumiu meu momento, que gastei reprimindo meu querer com a morte, e fui até a cozinha trancada.
De pé o silêncio fez-se no escuro, enquanto o som da tv era único sobre a alegria duma noite em outro lugar. Zunia mais alto que o substrato alcoólico que permitia a tolerância àquilo. Sobre deixar-se levar na vida... pra qualquer lugar? Eu pergunto...
é a recompensa ideológica ao cão trabalhador, que não conhece nada mais que as 4 paredes que o sugam, e o criam.
Passei pelo universo, antes de notar que dele eu sei algumas cores e poucas formas...
Disserto aqui, rapidamente, devido a inconstância da ideia, que se fugir muito torna-se monólogo, já que o preço da sinceridade não existe, nem tampouco a originalidade, mas sim o antes do personal. Este ultimo filtra, reduz, e engole o aspecto universal, até onde o limiar do perceber é consciente, que por ter nome ganha significado, esse algo insignificante mas existente! O ser de minha experiência, repleta antes do racional. Que me da a potência, em palavras se torna sentimento.
Disserto aqui sobre muito pouco que inconsciente não ignoro. Por motivos que na verdade trazem-me fórmula, e te digo que a viola que esta comigo é muito mais amor do que madeira.

domingo, 1 de junho de 2014

Você é legal

Cara, como você é legal!
sério.. ta de parabéns!
Só não pare agora, vai lá..
você é muito tudo isso que você é..
porra, mais fácil de descrever se eu fosse você.. 
não é uma pena, já que sou eu, e a legalzura pertence aos que se mexem
não pare agora, vai continue..
não tem porque, nem onde ou qual..
com os olhos ou ouvidos.. que seja com os dedos!
Toca aqui, e ai, como é que ta?
tudo em cima? belezinha? Rapaz!!!
Senhor ta bão? Vossa senhoria aprecia?
Ta loko! louco, sem noção, alucinado, fora da cazinha, demente caso clínico, transtorno psicótico,
bobinho pra mim, que puxa a cadeira
sorri na desgraça alheia o sem coração
é o jeito dele! Preconceituoso! A distância se faz no julgamento! Imoral!
E o respeito nós faz, o respeito a gente inventa
as vezes é melhor evitar e deixar caindo pelos cantos os moribundos
pipocando na ideia
cagando nas portas
e nas portas de casas fechadas
Enquanto felicidades, açucar, mel e tv
Será que mata ou não? Ansiados pela expectativa de uma atuação de cinema
A matéria é falsa, vocês sabem! Mas esqueceram..
Pois deitar sobre as tabuas machuca as costas.. e é por isso que usam colchão.
Inalando o tempo inteiro o próprio lixo
Comendo merda num sofá que espalha o corpo
E o conforto, e o conforto..
Enquanto não era essa a meta.. a crítica era sobre nós mesmos!
Infelizmente não fui legal por muito tempo
que seja por sadismo ou neurose
é o que tenho, é o que sei.