No silêncio há o deslizar dos passos
E mais nada
não há nada pois não há espaço num mar vazio sem memória e palavra
a escuridão não respira
nem chora
Nela sou eu, e eu sou eu,
a palavra deixa de ser marca
e no asfalto correm todos dentro de máquinas enquanto
depois da porta...
sou eu e o nada
Na escuridão não há vontade
nem de silêncio
Não há escolha
A escuridão estagna, repulsa
seca a flora e esconde a fauna
o mal escapa diante do calor do fogo
e o coração frio é aquele que não ama
Eu me comunico com os carros
a máquina é a ultima lingua apreendida pelo homem
solitário
Na casca do design
a ultima voz
tangenciando em formas funcionais
uma civilização produtiva, progressiva,
até onde pode ser visto
O toque é metálico
conclui-se na resposta
como um quadrado que se termina em 4 lados
As posições tomaram nomes
a alma guarda-se no fundo
resignada pela imagem
São ruídos normalmente aceitos
duma violência coletiva, e socialmente aceita
Todo o ouro, toda a prata, para o resto, e o bronze
é o que resta pra entender
O ideal ainda aguarda...
num entendimento pressuposto pela angústia
Enquanto tudo é verdade em mundos observados de fora
Somos a função
na matéria ganhamos nome
e vivendo temos significado
Sou o ladrão, o padeiro ou o bancário
da minha boca: o roubo, o pão e o dinheiro
Palavras chaves completam o quebra-cabeças que faz de eu: numero/pessoa
Sou máquina que escreve,
sou escritor,
sou a máquina.
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