True Moon

True Moon
Everyshit has it darkside

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Por que eu preciso ser chamado de alguma coisa? Só me chame de nada, eu sou nada...

Minha individualidade é um abismo muito grande pra esse pequenino espaço chamado planeta terra. 

Espelho

I

quando mandar-me virar
direi que quero olhar-te nos olhos

em toda a vergonha, no começo pudor 
mas até onde eu sei, eu 

será teu hoje, e quero que saiba que foi 
pois assim lembrará das formas e do aspecto daquilo que te viu e por você foi visto 

palavras secas, frias, você diz
mas são palavras não modeladas, são da sinceridade mais profunda de minha dor e prazer de ser humano

se deixar-me sempre guiar
vai encontrar em mim a figura dum prédio, dum armário

no orgânico da minha sinceridade
mesmo que seja defeito ainda é qualidade
encontraremos na dialética mediada pelo sentir orgânico
as essências que produzem e dão significado para os rostos


II

Hoje,
espiando para fora da carcaça séria que me faz razão
descobri mais uma vez que o que me guia são meus sonhos

carrego comigo
adentro à diversidade
meu eu intenção
que chora e sorri por amar

Sofro pela coragem de carregar a bandeira
choro por estar vivo
sou o que aqui escreve, refletindo as figuras internas
e no papel meu carinho, o meu amor

Danço pela estrada emaranhada da vida com meus nomes

Te amo pois te vi no meio da multidão

Como é bom saber que ainda sorri
só assim, e assim mesmo, eu sou o reflexo do teu amor
somos a troca de nós dois

depois de meus olhos cansados
o tesouro da felicidade encontrado por quem busca
quem não pede e nem espera

Como é bom te ver sorrindo

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Simpsons: sobre a diferença.

Moe protestando sobre o novo envolvimento do Bart, é um menino de origem oriental, de uma religião não tão comum. Moe diz que ele pode ser um problema, pode estar envolvido em algo maior, numa manipulação em massa, algo desse estirpe. Homer por sua vez responde: "Eu não concordo com você, a não ser que eu assista algum programa fictício que demonstre tua ideia!". Moe liga a tv e ta passando um filme sobre uma conspiração religiosa, homer ficar perplexo, encuba um estigma para o novo amigo, que o havia impressionado com elogios anteriormente, agora tudo isso cai por terra, e o novo - qual estava sendo encarado como simpatia e boa índole, mas não pelo que é(quero dizer não apenas o qualitativo positivo, mas também o negativo ), o novo neste caso se adaptou ao costumeiro (homer) para tornar-se próximo, aceito. (o bart havia feito isso com a mãe do pequeno amigo, provavelmente, devido a forma de educação que o personagem apresenta, o novo amigo utilizou-se das experiencias de Bart para tentar obter exito com Homer)
A impressão sobre o novo amigo da água do vinho se torna negativa, a interpretação se torna, parece ser nociva, incabível.
O diferente sempre é um estranho, um exótico. O ego sempre cria no tempo uma disposição premeditada do que pode vir a acontecer, por ser sempre a sua impressão sobre o mundo, aquilo que é quebrado demais, desconstruído demais, não se encaixa, se torna um furo, um buraco na estrada. O medo desse não entendimento, vem pela incapacidade de dar um passo adiante no desconhecido, o desconhecido é sempre possibilidade, e esta pode ser a morte! De imediato o diferente toma a forma do sujeito que o interpreta, e um grande rótulo o esmaga e o caracteriza, pra mais ou pra menos, nunca escapa de vagabundo ou genial. Tais extremos são próprios de um sistema reduzido de consciência, um sistema que trabalha com estereótipos, que planifica a existência, que retira sua expansão e a joga numa folha de roteiro, tal sistema gera perguntas do tipo: "Por que não alcanço a felicidade?" ou "Tempo é dinheiro"... Como se a felicidade fosse um ponto fixo num segundo plano, esta é sempre a negação do que parece ser a tristeza, o normal é parado, é inerte, deve ser então tristeza, e a felicidade significada como o extremo do "sentir-se bem" tem de ser verdade absoluta, caminho certo, sorriso eterno, isso não é real meus chapas! somos orgânicos, o alheio é que permite o movimento, na eternidade não há nada, só um ponto fixo de tudo ao mesmo tempo... a negatividade pura que permite o pensar. Não existe, a não ser num sistema de vida que proporciona aos viventes conceitos reducionistas e fixados SEMPRE no exterior a felicidade, o pensamento direcionado no que não tenho esquece da reflexão, e da tentativa de encontrar a felicidade, que é falta minha! naquilo que eu sou!
O afastamento de mim, uma felicidade no que esta fora, proporciona um não conhecimento de si, se não conheço a mim o que é que sei de você?Ou é, ou não é! Caixas fechadas conhecidas como estereótipos pra facilitar, e dar um jeito também na incapacidade de um juízo sobre o mundo.

sábado, 9 de agosto de 2014

Sombra/Luz

Da sombra, sobre sombra
na rua a continuidade
um rapaz, um menino, um homem

vento sopra no frio a verdade da ausência
o tilintar, da sombra ao clarão

a mentira encosta no meu ombro enquanto o raciocínio pesa distante
assim, na tentativa, no mais sincero suspiro, me contento em tudo
e se não for, apenas me conheçam pela minha sincera ignorância

se é tão fácil, antes da escrita talvez um peido significativamente fedorento

eu tenho fome
da fome eu tiro a vontade
compartilho no prato frio a negligencia visceral do vício
num canto sobre um manto de fantasias
nobres no esforço, reforçado pelo calor do suor de muitos trabalhadores que tem como finalidade a felicidade, como causa a felicidade, como objetivo a felicidade e na neblina o significado de amor se perde em tanta ânsia
a preguiça e a ganancia tem o mesmo gosto da gordura

Conformo me esbaldo de lixo e reclamo
insatisfeito com minhas ações
a atitude mais nobre é rabiscar um caderno
sozinho na luz de leitores que constituem a sublimação do meu gozo
carregam minha experiência, que pelo modificado me justifica
assim talvez nem tão sozinho

Fúnebre cabeça da fala mansa
na dramatização um ato de amor profundo, na mentira o frio, que só é calor enquanto pressão do sangue em minhas veias
dai-me a felicidade, a resposta da minha ânsia, meu sonho, que seja..
insuportável exigência que é ter de lotar tuas escrivaninhas, teu bolso, teu sorriso

Vivo, se não por mim, quem mais seria?
Erro metodológico
que nos teoriza a capacidade duma liberdade repleta de memórias reais

Mas parece, em as ultimas pressuposições de um preconceituoso, qe a culpa de ser um coitado restou inteiramente à mim
Sofro, no brutal da intensidade. Choro, lágrimas.
Tenho vertigens, não por calcular o tamanho do precipício
mas pelo final de uma pergunta que se conclui em morte, onde é sem consciência e resposta

ilimitado é o prazer transcendente da maior ganancia, da tal verdade, da tal postura moral absoluta
preciso citar o ideologismo?
Duma negação o egoísmo prevalece
pobre filosofia que não sustenta meu engendro, tão pouco justifica a maldade que mensura minha podridão e preguiça

Escapo na capacidade de desenhar símbolos, oníricos significados universalizantes
minha palavra constrói estradas, desvia o duro obstaculo
pena do não eu, se talvez um miserável de cara com o muro, pintado de tristeza, imerso na realidade do frio na pele

Espertos os sabidos que de tudo tem o melhor
Pintam os céus e a realidade com a cor da satisfação
Antítese da compreensão
Impossibilidade, enquanto necessitados de expressão(altruístas por dinheiro e reconhecimento), de conceber que as vezes a felicidade esta no contrário.

Peço desculpas