Da sombra, sobre sombra
na rua a continuidade
um rapaz, um menino, um homem
vento sopra no frio a verdade da ausência
o tilintar, da sombra ao clarão
a mentira encosta no meu ombro enquanto o raciocínio pesa distante
assim, na tentativa, no mais sincero suspiro, me contento em tudo
e se não for, apenas me conheçam pela minha sincera ignorância
se é tão fácil, antes da escrita talvez um peido significativamente fedorento
eu tenho fome
da fome eu tiro a vontade
compartilho no prato frio a negligencia visceral do vício
num canto sobre um manto de fantasias
nobres no esforço, reforçado pelo calor do suor de muitos trabalhadores que tem como finalidade a felicidade, como causa a felicidade, como objetivo a felicidade e na neblina o significado de amor se perde em tanta ânsia
a preguiça e a ganancia tem o mesmo gosto da gordura
Conformo me esbaldo de lixo e reclamo
insatisfeito com minhas ações
a atitude mais nobre é rabiscar um caderno
sozinho na luz de leitores que constituem a sublimação do meu gozo
carregam minha experiência, que pelo modificado me justifica
assim talvez nem tão sozinho
Fúnebre cabeça da fala mansa
na dramatização um ato de amor profundo, na mentira o frio, que só é calor enquanto pressão do sangue em minhas veias
dai-me a felicidade, a resposta da minha ânsia, meu sonho, que seja..
insuportável exigência que é ter de lotar tuas escrivaninhas, teu bolso, teu sorriso
Vivo, se não por mim, quem mais seria?
Erro metodológico
que nos teoriza a capacidade duma liberdade repleta de memórias reais
Mas parece, em as ultimas pressuposições de um preconceituoso, qe a culpa de ser um coitado restou inteiramente à mim
Sofro, no brutal da intensidade. Choro, lágrimas.
Tenho vertigens, não por calcular o tamanho do precipício
mas pelo final de uma pergunta que se conclui em morte, onde é sem consciência e resposta
ilimitado é o prazer transcendente da maior ganancia, da tal verdade, da tal postura moral absoluta
preciso citar o ideologismo?
Duma negação o egoísmo prevalece
pobre filosofia que não sustenta meu engendro, tão pouco justifica a maldade que mensura minha podridão e preguiça
Escapo na capacidade de desenhar símbolos, oníricos significados universalizantes
minha palavra constrói estradas, desvia o duro obstaculo
pena do não eu, se talvez um miserável de cara com o muro, pintado de tristeza, imerso na realidade do frio na pele
Espertos os sabidos que de tudo tem o melhor
Pintam os céus e a realidade com a cor da satisfação
Antítese da compreensão
Impossibilidade, enquanto necessitados de expressão(altruístas por dinheiro e reconhecimento), de conceber que as vezes a felicidade esta no contrário.
Peço desculpas
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