Sobre um vídeo onde um sujeito de 15 anos é espancado por outros sujeitos, pois o primeiro estuprou um sujeito de 5 anos.
Consequência do homem "livre" que não encontra muros diante sua vontade. Realizando a 'sinceridade' de suas pulsões viscerais, quando é parado no desespero, reflexo do medo da morte, responde com desculpas e pedidos de perdão, apesar da não-consciência de valores este apenas esta respondendo a sua vontade maior de manter-se ainda vivo, numa luta pela vida pelo próprio viver(sem significado)...
A opressão extrema é a única resposta à barbárie, quando estupefatos diante do fenômeno os outros homens "livres" não sabem como responder, estão ambos pela própria vontade, e só uma atitude agressiva, de ódio mesmo, repulsiva e imediata, justificaria a negação de si mesmo.
Essa negação se da, então, a partir da apreciação do fenômeno pelo capacitado de simbologias, estas ultimas construídas em primordiais inter-relações que trouxeram ao ser sua perspectiva, seu edifício imaginário, seu emocional, portanto, são agora energia modulada, qual foi anteriormente pura, não essência divina mas intenção sem nome.
Tal indignação é de fato um fenômeno que justifica uma capacidade humana inata de compactar formas de se ver, de sentir, de incorporar valor à existência.
O homem "livre" desvincula-se da crença, supostamente, por amor entende prazer, por viver entende ter objetivos, almejar metas, engrandecer a si mesmo, tornar sua auto-imagem densa e gigantesca. Desta forma os gestos que tem diante da comunidade são um altruísmo filantrópico que sempre mobiliza espetáculos e exige por agradecimentos.
O ser em comunidade. é difícil esclarecer a história que envolve tal passo, tal movimento, qual até hoje perdura. Digo isso porque pensar em sobrevivência como causa, a empatia, cientificamente estipulada como a razão do porque sentir, já é campo simbólico, já é uma verdade, portanto, impossibilita a interpretação do fenômeno por ele mesmo. a abstração, o interpretar, é sempre fundamentado por um ser-aí que é transpassado por verdades. Mas, o que digo é que a comunidade é um fato, de tal forma que todo o conhecimento estabelecido sobre ela é correto, pois é ela tão abstrata quanto todo o pensamento humano.
Nessa 'necessidade' de viver em comunhão, o homem "livre' já apropriado das regalias que o colaboram para apenas manter-se vivo(é seu pensamento), agudo em suas necessidades individuais, que longe da comunidade não tem nenhuma valor sentimental ou simbólico, ou que, as vezes, se apresenta como um núcleo de intersecções entre vontades biológicas e exagerados posicionamentos éticos, já não encontra no controle a realização de seus sonhos egoístas(egoístas, pois, ainda sendo parte da sociedade apenas à utiliza, à manipula, para realizar fantasias do próprio ego. ego este estruturado numa civilização libertina), mas ainda assim num prazer exacerbado voltado a si mesmo tornam a realidade um belo ponto de fuga para seus gozos.
Desta forma concluo que o homem "livre" luta pelo si, e por si só, mesmo quando da a mão aos outros. E ainda em comunidade corrompe a ética, que surge para ministrar os conflitos, os abismos entre eu e o outro, formando uma ética individualista do amor próprio. O sistema tende então a valorizar, acima de tudo, o poder, a beleza, e a dominação.
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