True Moon

True Moon
Everyshit has it darkside

domingo, 11 de dezembro de 2016

se perde para se encontrar, se esquece para se lembrar

sensação de que esqueci alguma coisa...
será que eu perdi algo na rua?
dessa vez sinto que não vou conseguir lembrar,
é um cansaço, é pesado demais pra voltar
parece que nunca mais vou te ver.
where are u?
Pelo menos com esses olhos de gente eu ñ consigo
ñ conversamos mais
de voc resta um som de despedida, como um eco das últimas palavras
e, quem sabe, toda uma vida, e uma eternidade além, da tua ausência
lamentos afogados pela sentença
gritos pedindo clemência, hoje no dia do julgamento
eu, você e uma vida tecida de cristal, uma orquestra e a sinfonia humana, onde moramos entreolhares

sábado, 10 de dezembro de 2016

primitivo

você, criatura torta
estrangeiro maldito
de você me escondo
atrás de palavras
escudo moral, defesa inviolável
estrangeiro que está a centímetros de distância
estamos separados pelo comprimento do metal
fio que banha a lua de vermelho
afaste-se!
Recuo, corro, fujo
me esgueirando ladino nas esquinas
conheço e reconheço a fera, não confundo seu uivo, seu rugido
coragem vem de espada na mão
coragem vem aplacando brumas, assoprando nevoeiros
abstraído esquece-se do sótão, esquece da entrada à esquerda
seduzido na sala por um objeto dourado, um plástico qualquer
a mulher lhe diz algumas palavras, pode-se dizer que rolou um sorriso e uma lágrima
depois um cansaço, um adormecer das expressões, e um querer permanecer num beco sem saída, numa teia, numa morte cheia de fantasmas, anunciados pelas últimas tentativas de memória em dar sentido
e a criatura permanece...
Entre esses joguetes da razão, suas masturbações sobre questões sem resposta
O interesse nessas coisas só é interessante quando o olho se abre mais, quando a inveja o toma... o saber sobre as coisas é um ter poder sobre elas.
agora sobre o que as coisas realmente são? Só sei que fácil podem confundir plástico com ouro, chocolate e merda.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

é cada um que me aparece

Bom dia.

é cada um que me aparece...

loucos varridos, anulados, niilistas.
que não acreditam em nada de si, nem de eu, nem do existir, nem de coisa nenhuma
e que dai dizem que qualquer coisa que é tu também não é, enclausurados por demais em bolhas narcísicas
triste rapaz disposto a matar pra ouvir de alguém que tem um lugar
só quero que você se foda, por favor.. não me encha o saco. Nem me olhe quando eu tiver passando na rua.

mulheres amantes de ideias que carregam em pingentes no peito
e que questionam a filosofia, a ciência e o mundo
e que não compreendem a sutileza do toque do coração, e que talvez nunca tenham ouvido ele bater, e que não abriram a porta no dia em que o vento silvou, no dia em que o mundo resolveu falar

procuram o silêncio quando querem alguém que fala demais
procuram a morte quando querem viver
e aguardam como se a qualquer momento deus fosse cair na terra, ou o diabo fosse se descolar do mundo inferior pelas frestas de um bueiro


licença, desculpa, por favor, sei lá
maneiras de uma culpa humana pintar a tristeza, uma tristeza evidente nas folhas mortas, nas estradas que tornam-se negras de medo, a sujeira da rua, etc.

Imposições violentas de uma ideologia que mais serve para alimentar ego, imposições dessa à uma realidade que simplesmente está ali, qual faz o corpo tremer, o suor escorrer, acelera o batimento, é sensível ao toque.

Jogos de poder... não se trata da experiência, de uma contemplação do momento, de um falar alguma coisa, do acaso de estar vivo. Mas de uma necessidade de afirmação de si mesmo, de um posicionamento, de uma postura, de peito estufado...

O poder acaba com as pessoas, apaga sua singularidade, as coloca todos sob o mesmo julgo. Algumas sairão feridas e outras identificadas com a ideia de maior e menor, pior e melhor, superior e inferior.

é cada um que me aparece...

Bom dia.

é cada um que me aparece...

loucos varridos, anulados, niilistas.
que não acreditam em nada de si, nem de eu, nem do existir, nem de coisa nenhuma
e que dai dizem que qualquer coisa que é tu também não é, enclausurados por demais em bolhas narcísicas
triste rapaz disposto a matar pra ouvir de alguém que tem um lugar
só quero que você se foda, por favor.. não me encha o saco. Nem me olhe quando eu tiver passando na rua.

mulheres amantes de ideias que carregam em pingentes no peito
e que questionam a filosofia, a ciência e o mundo
e que não compreendem a sutileza do toque do coração, e que talvez nunca tenham ouvido ele bater, e que não abriram a porta no dia em que o vento silvou, no dia em que o mundo resolveu falar

procuram o silêncio quando querem alguém que fala demais
procuram a morte quando querem viver
e aguardam como se a qualquer momento deus fosse cair na terra, ou o diabo fosse se descolar do mundo inferior pelas frestas de um bueiro

licença, desculpa, por favor, sei lá
maneiras de uma culpa humana pintar a tristeza, uma tristeza evidente nas folhas mortas, nas estradas que tornam-se negras de medo, a sujeira da rua, etc.

Imposições violentas de uma ideologia que mais serve para alimentar ego, imposições dessa à uma realidade que simplesmente está ali, qual faz o corpo tremer, o suor escorrer, acelera o batimento, é sensível ao toque.

Jogos de poder... não se trata da experiência, de uma contemplação do momento, de um falar alguma coisa, do acaso de estar vivo. Mas de uma necessidade de afirmação de si mesmo, de um posicionamento, de uma postura, de peito estufado...

O poder acaba com as pessoas, apaga sua singularidade, as coloca todos sob o mesmo julgo. Algumas sairão feridas e outras identificadas com a ideia de maior e menor, pior e melhor, superior e inferior.