A imagem é a de um barqueiro (Hades), segurando um cetro, ou uma vara com âmago divino, sobre um barco que aponta para o horizonte, numa planície de mar calma e que se vai ao longe, onde, no fundo, há um ciclone, de uma tempestade que não se aproxima, mas que permanece ali, como um caos nuclear, em oposição a planície constante da eternidade. Neste barco de madeira, há uma imagem de uma sereia, ou mulher, ou anima, ou feminino, preso na frente, como que esculpida na ponta do barco, sua imagem é viva, tem características muito próximas do orgânico, porém mantêm a puerilidade de uma escultura de madeira. Uma lágrima em seu olho esquerdo.
A mensagem é "Os homens esculpiram a mulher de madeira com muito carinho. É como se ela tivesse alma... por isso seu retrato chora. Porém, o homem é tão voltado para sua arte quanto é para seus objetivos, suas casas e seus artefatos - que o permitem voar e velejar. Sua cultura guarda em cada ponta sua alma. O homem vestiu-se de negro, e identificou-se à morte, seu temor em relação ao fim é inigualável, e sua consciência sobre o inevitável delira em angústia, alucina deuses e imagens, quais lança sobre o mundo sob a luz do cetro de suas pequenas crenças."
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