True Moon

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Everyshit has it darkside

domingo, 1 de outubro de 2017

niihilismo

Hoje a demência não é um transtorno subjacente ao social, algo de oculto e obscuro que se esconde com todas as forças, mas algo de louvável para todos, e exposto como realidade possível. Ela é sintoma quando expressa na arte que expõe a sobreposição de sons delinquentes, e sem pretensão de conexão entre si, barulhos sem nenhuma linearidade matemática, numa arritimia anacrônica, e é realidade, no sentido de invadir o modo de vida, quando ela se apresenta no fulgor da vida, nas relações visíveis, nas apresentações do homem em praça publica, nas interpretações da natureza, e no próprio modo de ser. Vemos sorrisos repletos de mentira que amam apenas pela necessidade de uma carência emocional, numa filosofia vigente de uma ausência plena de tudo, e nessa insanidade particular de cada um, nenhum é ninguém, e todos estão sendo invadidos. Há uma quantidade tão grande de variáveis sobrepondo-se, informações de todas as mídias que em várias cores criaram das espécie selecionadas quimeras irredutíveis a suas essências, nada há mais de puro, e nada há mais de maligno, o mal está transvestido de bondade. Uma inocência incoerente é a única arma desse novo homem que aceita tudo e está em queda livre de valores e de qualquer nitidez, não há de fato um fato. E tudo é tão banal quanto as pequenas escolhas brilhantes que nublam a realidade de coisa nenhuma em todas as repetições de subjetividades que nunca se encontram mas que são a mesma diante da luz central de uma idéia de singularidades vazias. O niihilismo tomou conta e varreu a possibilidade de qualquer coisa, nada é religioso pois nada é vivo, os corações não pulsam mais, e o caos é um apelido que se dá para o vazio completo que se assemelha ao nada, e que por isso sequer tem nome ou discurso. Ninguém começa por lugar nenhum, pois todos os começos estão terminados, e é na miséria que se vangloriam todas as almas, na miséria de si mesmas, no reflexo fugaz de uma pequena chama que sente-se alguma coisa, não pelo que criou ou pelo que mudou, mas pela reprodução automática de um esforço, um esforço que, como todos podem ver, não é nada.

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