True Moon

True Moon
Everyshit has it darkside

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

João

João é o nome de um motorista de ônibus estrada longa, viajem distante que conheci uma vez João foi o nome de meu colega menino tão preto quanto fui tão branco da época do aprendizado primário, daquele dos hábitos. João é o nome do irmão do meu tio, que é casado com a irmã de minha mãe, da qual, porventura ou destino, detenho a regra familiar, pelo empecilho do ultimo nome João sou eu João é meu nome João é o nome do cara, cara da camisa de estampa e furada Foi empregado ali na frente, levantou uma parede por não mais de um salário A quinze anos. A parede nunca caiu É natural para a arte, aos olhos da privacidade o crime, que João deixa com spray colorido quando passa sobre a madeira rachada e o plástico gasto João é o nome do... Só não é da pois neste caso é Maria.

domingo, 26 de outubro de 2014

No final das contas
todos farinha do mesmo saco. qual o sentido de usr tantas palavras, numa grafia tão bem equalizada? 
Tudo tão merda quando o gosto mais profundo que retira de tudo o que parece é do mesmo
delineado no passo em torno da primeira peça de uma constituição roubada, mas ainda assim ali em ruínas. Pro inferno as ruínas, e o entendimento mais clássico, ou novo, ou nada, bando de usurpadores, mendigos de atenção. 
que tipo de passo esperam na escuridão de um pântano sem vida, que devora a si mesmo, pelo si se faz si, e pântano é o nome de todas suas particularidades, se particularizar for necessário aos olhos requintados. Pro diabo, pro inferno, pro nome, o significado que não justifique tudo o que quero, pois se pudesse saber, saberia de dor agora.
Se enterrando, uma vida de mão beijada , um espetáculo fúnebre, o melhor acorde de uma música... pena que teu triunfo não será ouvido pelo ego esvaído de tua carne porca. 
Escova os malditos dentes todos os dias quando percebe o hálito vil escapando da garganta engordurada
as mãos no papel toalha, ou seja lá onde limpe, observando os lados, surrupiando os próprios costumes 
Quanta beleza nessa face encoberta
sorria pra foto mais uma vez,
OI :D 
OI :D 
nha nhaaaa amorzinho 
SE IMPORTARIA DE DORMIR HOJE DO MEU LADO? enquanto volito meu passado no teu colo, esperneio minha tristeza na tua carne 
vontade sobrehumana de participar da pior das pantomimas 
as cortinas do teatro vão se fechar, o espetáculo vai acabar sem aplauso quando todos se cansarem de se repetir... 
vomitando palavras indecifráveis, apoiando as mesmas piadas, repetindo os mesmos sons, agradando os mesmos ouvidos, de cabeça baixa, de cabeça baixa 
você não passa de lixo, e desculpe minha falta de educação, agora, por favor, lamba meus pés... antes que eu não te aceite mais... quem sabe se eu exigir mais um pouco não voara no meu pescoço..
Eu digo: Vamos, me bata. SÓ DIGA EXATAMENTE ESTA MERDA QUE TE ENTALA NA GOELA ANTES DE TODAS AS ELABORAÇÕES AMIUDE, 
DESTINO PORCO mas é assim mesmo VIDA MISERÁVEL mas é assim mesmo NÃO VALE 1 CENTAVO mas deixa escute meus lamentos, deixa eu chorar em silêncio
POR FAVOR, só cale essa boca.

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Mr. Nobody (Sr Ninguém) - Reflexão além do filme.

Todos os dias tomamos decisões, escolhas, somos meios que postos em encruzilhadas onde infinitos caminhos podem ser traçados.

Mas que capacidade é essa de imaginar o futuro? E com que tipo de informações lidamos no presente para estar ciente de que caminhos seguir? 

Tentem imaginar uma conversa entre dois jovens sobre um seriado que gostam muito. Os dois comentam sobre como o roteiro de tal episódio se passa, como a estrutura de tal personagem faz com que eles o sintam determinada personalidade, como tal personalidade representa amor(Haruno Sakura), ou ódio(Batman), ou egoísmo(John Constantine), ou impulsividade(Deadpool). O passado nos trás informação do presente, e no presente, diante de uma conversa, representamos nosso passado, e essa "simbologia" que se faz presente em qualquer dialogo, é a possibilidade de compreender emoções, personalidades. 

Nesta mesma conversa sobre um seriado, um dos jovens comenta sobre como se sente motivação em uma máxima proferida por um personagem. No caso, vamos pensar no Luffy da série One Piece. "Vou me tornar o rei dos piratas". Essa afirmação, pra mim, demonstra convicção, coragem, e delineia um perfil de alguém honesto com seus sentimentos, de alguém que não desiste dos sonhos. Nesse caso, temos um personagem, uma fala, e uma interpretação, que pode ter infinitas possibilidades de ser interpretada, mas que ainda, quando nos referimos à alguém pensando/sentindo ela, poderíamos reserva-la a uma só. 

A nível de chacota, aos olhos de um individuo que se compreende em contato com uma realidade cruel que o banaliza, que o rouba os sonhos. A nivel de superação, no caso de um triste individuo que a interpreta contendo em si uma realidade sonhadora. E, até, em nível de imparcialidade, caso não exista acesso ao desenho, ou desenhos sejam só mais um algo que passa na tv, enquanto o ser em questão tem uma vida corrida, ou voltada a outros afazeres. Se ele esta em relação à realidade com outra intenção, uma perspectiva completamente alheia aqueles que investem energia em séries, ou desenhos, tanto faz. 

O que quero dizer? É que o simbolo da coisa, carrega a possibilidade dela existir. Então, anterior ao interpretar, existe a importância do interpretado, sua potência, sua característica, se faz viva num plano simbólico, num plano da imaginação.

Se assim é, não é também o futuro, enquanto imaginação, um terceiro plano de realidade? 
Não há capacidade de interpretar casa, de visualizar casa, caso ela não tenha sido elaborada, primeiramente pela mente, e posteriormente na natureza, no plano objetivo.

Então, as faces de meu futuro são tão reais quanto uma casa, só que ainda anteriores à sua objetividade, que se faz no concreto do espaço-tempo. Não digo que a imaginação não é real no espaço-tempo, ela é, enquanto fruto de um interpretar as relações, por exemplo. O que é bom ou mal, aquilo que é dolorido, ou que me assola de medo. O sentimento que tenho em relação ao luar. Mas sem a ação dessa potencia, a estatua nunca vai passar de uma pedra crua de marmore. Mas tanto a pedra, quanto a estátua, são empecilhos moldáveis pela mente em si mesma agindo, enquanto ela é onisciente, todo ó resto é perspectiva. Notamos na qualidade da escultura de vários escultores, nem sempre a forma deixava pelo toque humano é igual. Uma estatua deformada, no sentido de assimétrica, pode bem ser a arte de alguma qualidade de intenção que à justifique, que à ame. 

Os vários futuros demandam imaginação, a linearidade de uma realidade pensada, que se estendeu por anos em segundos, é o que podemos chamar de imaginação.
A estrutura tão bem elaborada na mente, sendo a mente de alguém o arquiteto do universo, da nome as pedras, aos passos, aos objetivos, ao futuro, ao presente. Assim nasce a esperança, o amor e a arte.

Não é a arte uma momento imaginado eternalizado? 
Assim como é cada face que de nossa imaginação. O átomo que se contem em si mesmo, e assim se prolonga infinitamente, assim podemos ser nós uma perspectiva de um anterior grande arquiteto. Realidades imaginadas paralelas infinitamente dispostas. 

No filme notamos que a criança imaginou-se até os 120 anos, imaginou o futuro, e uma vida de imortais. Não sei que tipo de contato ela teve com algo que remete à essa imortalidade, mas diante de uma dor profunda da separação dos pais, não é a imortalidade o dom mais ansiado por um mero humano sofredor? Talvez signifique o fim de qualquer dor. 





sábado, 18 de outubro de 2014

...

E se, no aspecto da carne viva
não soubéssemos do que sentimos dela?

Se nada me convém, nada não pode ser
o lugar de nada é lugar nenhum

Se agora sei, sei do que é movimento,
do que é coisa sem ser
Mas na faculdade distante das abstrações o sentido e a vida

A repetição do conteúdo primeiro
marca no seguimento de si
em relação à
Qualquer manifestação

É latente aos olhos crus, mas o choque da realidade faz ser na pele, no toque

Morto,
Numa sala em branco
A resposta esvazia a mente do segmento infinito de si mesma, não no vazio, mas no desespero da liberdade, à todo momento.

Todo o passo a única face de uma moeda, que me promete e me nega.

Não, não é coisa que da pra encostar
Mas o sonho do silêncio que não prova nada
Do que é, pelo sendo imediato, ainda fala
E o eu, do é em relação
Chama, por não sei, o desconhecido já sabido
Você

A fuga é a negação de nós mesmos
Enquanto apenas traços, faces e movimentos
Um não é empático
Que trás calor por si
E se resolve pela língua, na exigência de nós dois.



quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Interpretação Filme Donnie Darko

Carl Jung, baseado num pressuposto holístico, onde compreende o universo humano como um grande emaranhado de acontecimentos, teoriza sobre aquilo que chama de sincronicidade

"Esse princípio se aplica a eventos que ocorrem juntos no tempo, mas não são a causa um do outro(...) Ele acreditava que muitas dessas experiências não podem ser explicadas como coincidências casuais; em vez disso, elas sugerem a existência de um outro tipo de ordem no universo além da descrita pela causalidade. os fenômenos sincrônicos são atribuídos à natureza dos arquétipos. Um arquétipo tem caráter psicóide, isto é, ele é tanto psíquico quanto físico mesmo que não exista nenhuma percepção direta dele. o arquétipo não causa ambos os eventos, ele possui uma qualidade que permite que ocorra a sincronicidade."( Hall, Lidzey e Campbell, apud Jung, 2008)

No filme Donnie Darko de Richard Kelly notamos a percepção a priori dos acontecimentos que se materializam em objetos visíveis, são de importância esses objetos mas no decorrer do filme eles não tem nenhum nome, nenhuma significância. A intuição do personagem Donnie Darko o leva a pressupor possibilidades de influência desses objetos no futuro. Alguns, como o "grande coelho" são 'ilusões', ou seja, imagens duma perspectiva individual do sujeito, que lhe avisa sobre seu próprio destino. O 'declínio' da vida do personagem é uma resposta à seus delírios, delírios que lhe revelam sua finitude, a real insignificância de uma vida que terá fim, assim, na verdade, a incapacidade de "vestir-se de homem" é também parte da compreensão anterior de uma vida finita.

Quando fala sobre o "desvelar do caminho de deus", que seria também uma previsão do futuro, o personagem revela a compreensão que tem do self em si, e do direcionamento que ele toma , em sua profundidade de energia pura, enquanto existência objetiva, mas ainda assim anterior à consciência diminuta de uma realidade estática, predominante.

O personagem Donnie Darko revela a sua terapeuta sobre seu sentimento de sentir-se sozinho, oque, partindo do principio de que ele sabe, inconscientemente, onde os surtos são a prova de sua incapacidade de lidar com isso, a realidade das predições reais de um mundo objetivo, mensurável, da realidade crua, significada pela própria imperfeição do homem.

No final do filme, quando as imagens estão 'voltando', o personagem aparece rindo antes de morrer amassado por uma turbina de avião. Num curto espaço de tempo, viajando em sua imaginação prevê a possibilidade de tal acontecimento, num segundo plano imaginário e mental. Ali traça uma vida completa, com as experiências até tal momento, de tal forma que todo o filme é um "tubo temporal" onde ele traça a possibilidade da realidade de sua morte, que de alguma forma lhe parece iminente, e termina rindo com o desfecho de sua própria imaginação, isto é, ri da capacidade de imaginar tão distante e da impossibilidade de driblar o destino. Imagina-se, então, evitando a morte, continuando sua vida depois da fuga da morte, qual morte não aconteceu por não ter acontecido(soa redundante, mas é que no "tudo temporal" a morte não era possibilidade, foi descartada por ter sido driblada), e termina, num plano que chamaremos de 1, imaginando antes de morrer, enquanto num plano 2, no segundo plano imaginário, evidencia todos os elementos de sua morte. NO IMAGINÁRIO EM QUESTÃO DE SEGUNDOS CAPTURA A RESPOSTA DA FUGA DA MORTE, MAS RI DAS PRÓPRIAS EVIDENCIAS.  Deita-se de lado, fecha os olhos, e apenas morre.

Se o plano da imaginação esta submetido ao plano 1, então, toda a pergunta, todo o movimento imaginário, é um movimento em relação à respostas do plano 1 realidade. Por algum motivo, sobrevivência talvez, os objetos sem significado são na verdade signos que nos direcionariam para uma resolução completa de nossos próprios problemas.

Voltando ao riso, é realmente engraçado o porque dele acordar rindo...

Levando em conta a menina que ele tinha se apaixonado, no segundo plano, ela era a mensagem de uma bondade perdida, de um amor possível que foi morto no final. Talvez, ele tenha se contentado pela capacidade de ter amado, de ter estruturado uma história mentalmente e ter assim pensado que ele havia evidentemente amado. Já que se sentia tão sozinho, descobriu em si, e não somente em si, pois a menina existia na realidade(sincronicidade), num nível então inconsciente, que na verdade era questão de tempo para amar, para ser amado.

Não há porque fugir quando já se esta em casa. No ultimo momento da vida todas as moléculas de suas experiências revelaram a realidade dos fatos, desmembraram a máscara de sofrimento e lhe trouxeram à percepção uma visão do amor real, que só se matinha ali revestido, imerso no arquétipo.

No decorrer do filme, enquanto o personagem principal atua como um 'esclarecedor', os coadjuvantes enfrentam a si mesmos mediante suas imposições. Imersos em sonhos, lhes é revelado a realidade, a consequência real, de seus rígidos e ritualísticos atos, as finalidades de seus egoísmos lhes fisgam todas as noites quando acordam transpirando. Sabem, através de um passeio imaginário, usando a objetividade das frias relações sociais como base, da verdade intenção de si mesmos, e da infrutividade de suas ações, que sempre terminam na noite com rostos fechados(final do filme) encarando os próprios demônios.

Continua:

Existe também a possibilidade de todos estarem compartilhando o mesmo sonho, assim podemos elucidar um segundo plano de existir onírico.

Na realidade do cotidiano nos sentimos 'mal', as vezes, por nada aparente. Numa conversa casual podemos nos sentir exaustos, ou felizes, o que depende do tom da voz daquele à qual nos direcionamos, da postura que toma no discurso. Se, toda falha de discurso cria uma desconexão, toda falha é uma incapacidade de sensibilidade por algum dos lados. Essa 'falha' imperceptível é sentida, gera remorso e angústia, sentimentos reconhecidos por Donnie Darko hipnotizado.

Os sentimentos se dão pela interpretação do simbolo, existe o orador, o receptor, e uma terceira capacidade interpretativa, de tal forma que o símbolo é semântico e não mensurável, apesar da estrutura de sua síntese. Desta forma o que há de mais real é o que sentimos, a interpretação por via da razão é sempre uma estratégia de fuga em relação ao sentir absoluto que nos toma.

No sentimentos, então, esta a verdade. Todo o desvio é racional, estratégico e civilizado.

Nessa realidade "sentimental" não haverá imagens, muros ou portas, que possam esconder o sentir. A inata capacidade da percepção de interpretar o calor da sinceridade, de uma expressão condizente com a pura energia de si, mascarada geralmente por personas, por posicionamentos.

Bom, valeu Ingrid pela recomendação rs

domingo, 5 de outubro de 2014

O homem "livre"

Sobre um vídeo onde um sujeito de 15 anos é espancado por outros sujeitos, pois o primeiro estuprou um sujeito de 5 anos. 

Consequência do homem "livre" que não encontra muros diante sua vontade. Realizando a 'sinceridade' de suas pulsões viscerais, quando é parado no desespero, reflexo do medo da morte, responde com desculpas e pedidos de perdão, apesar da não-consciência de valores este apenas esta respondendo a sua vontade maior de manter-se ainda vivo, numa luta pela vida pelo próprio viver(sem significado)... 
A opressão extrema é a única resposta à barbárie, quando estupefatos diante do fenômeno os outros homens "livres" não sabem como responder, estão ambos pela própria vontade, e só uma atitude agressiva, de ódio mesmo, repulsiva e imediata, justificaria a negação de si mesmo.
Essa negação se da, então, a partir da apreciação do fenômeno pelo capacitado de simbologias, estas ultimas construídas em primordiais inter-relações que trouxeram ao ser sua perspectiva, seu edifício imaginário, seu emocional, portanto, são agora energia modulada, qual foi anteriormente pura, não essência divina mas intenção sem nome. 
Tal indignação é de fato um fenômeno que justifica uma capacidade humana inata de compactar formas de se ver, de sentir, de incorporar valor à existência. 

O homem "livre" desvincula-se da crença, supostamente, por amor entende prazer, por viver entende ter objetivos, almejar metas, engrandecer a si mesmo, tornar sua auto-imagem densa e gigantesca. Desta forma os gestos que tem diante da comunidade são um altruísmo filantrópico que sempre mobiliza espetáculos e exige por agradecimentos. 
O ser em comunidade. é difícil esclarecer a história que envolve tal passo, tal movimento, qual até hoje perdura. Digo isso porque pensar em sobrevivência como causa, a empatia, cientificamente estipulada como a razão do porque sentir, já é campo simbólico, já é uma verdade, portanto, impossibilita a interpretação do fenômeno por ele mesmo. a abstração, o interpretar, é sempre fundamentado por um ser-aí que é transpassado por verdades. Mas, o que digo é que a comunidade é um fato, de tal forma que todo o conhecimento estabelecido sobre ela é correto, pois é ela tão abstrata quanto todo o pensamento humano.
Nessa 'necessidade' de viver em comunhão, o homem "livre' já apropriado das regalias que o colaboram para apenas manter-se vivo(é seu pensamento), agudo em suas necessidades individuais, que longe da comunidade não tem nenhuma valor sentimental ou simbólico, ou que, as vezes, se apresenta como um núcleo de intersecções entre vontades biológicas e exagerados posicionamentos éticos, já não encontra no controle a realização de seus sonhos egoístas(egoístas, pois, ainda sendo parte da sociedade apenas à utiliza, à manipula, para realizar fantasias do próprio ego. ego este estruturado numa civilização libertina), mas ainda assim num prazer exacerbado voltado a si mesmo tornam a realidade um belo ponto de fuga para seus gozos.
Desta forma concluo que o homem "livre" luta pelo si, e por si só, mesmo quando da a mão aos outros. E ainda em comunidade corrompe a ética, que surge para ministrar os conflitos, os abismos entre eu e o outro, formando uma ética individualista do amor próprio. O sistema tende então a valorizar, acima de tudo, o poder, a beleza, e a dominação.

sábado, 4 de outubro de 2014

Tempos de liberalismo

O psicologo é tão triste que, em suas concepções, manipula a realidade humana para nublar os pecados reais de uma natureza humana sanguinária.
Assim a necessidade da moral se perde em opiniões, em possibilidade de uma liberdade numa pressuposição cunhada sobre o campo da ideologia do homem auto-suficiente. Onde a filosofia se torna inválida por não capacitar felicidade numa globalidade intangível para só uma mente, que em poucos anos de estimulo, e mesmo sob a promessa de uma eternidade na transcendência das próprias capacidades (a priori e anatomicamente provadas), ainda não compreende a totalidade, uma perfeição paradoxal e sem nome pertencida só aos deuses pela insuficiência da razão.
E, talvez, o ego gigantesco do homem não suportaria, não estaria possibilitado a, compreensão de uma natureza boa, assim como tentam postular os psicólogos quando falam de influência, de determinismo.
Ideia genial a de freud de vincular, produzir o constructo de sua teoria, que como todas possui o peso da personalidade que a constrói, baseada no sexual (tabu), vincular o sexual a existência.

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Nuvem

É um princípio a necessidade de existir. Pela doçura de uma xicara de café.

As nuvens tem significados musicais
Nos estreitos paraísos de uma corrida sem fim

Mastigando ferro, as leis do universo
São das estruturas mortais humanas
Porém, quem sabe a beleza do céu
opção na oscilante passagem que não condiz somente aos olhos

Comprometi-me com as lágrimas que hei de derramar aqui em casa
Sensibilidade necessária em funerais

Truque da própria memória
Sempre foi uma problema não estar localizado
Aos tapas de encontro com autoridades

Na fuga do que se é tido como estático
Rosnam mil demônios nas profundezas das vontades
Por amar tornei-me dominador, na febre de liberdade

Eram irmãs do mesmo berço a bondade e a maldade.


-O céu é azul pela capacidade do amor de sonha-lo-
Sorry, not open for business yet
Esse jogo parece que faz muito parte do que eu sou, essa conexão que fiz com ele foi num tempo de adolescência. onde eu costumava ocupar aquele papel do carinha que sentava na ultima carteira e só andava de toca haha. Nunca me interessei muito por aquilo que exigia mais do que eu poderia oferecer, sentia que olhavam pra mim como se estivessem tentando me transformar, como se algo estivesse escondido em mim, algo melhor do que evidentemente eu era, só faltava retirar esse "potencial". Teve até um tempo que fui recompensado por boa conduta pelo professor de ciências, lembro que me assustei, porque parece incomum receber recompensa por simplesmente fazer aquilo que me interessava, sempre gostei de ciência. A educação que recebi nas escolas por onde passei sempre foram como marteladas, tentativa abruptadas de regular meu conhecimento. Entristecia por receber represálias e tentava entender oque no comportamento dos 'adaptados' ao estudo, comumente chamado de nerds, tinha de melhor do que eu.. Nem sempre estamos tão certos do que pensamos sobre os outros, e as vezes a forma dogmática como nos habituamos a fazer acaba esquecendo e marginalizando aquilo que parece tão mais complicado..
Nesse esquema devil may cry caiu como uma luva pra mim, reconheci ali a possibilidade de tornar o que esta adiante de mim em realidade pro meu ser, já que as atitudes controvérsias, e a forma "take it easy" do dante de tratar situações tão densas, tão cheias de atenção, mas que em sua maioria são só parte de um script, de um ritual premeditado que mais afasta do viver, já que o estigmatiza. O medo transforma a dinamicidade da vida em falsos sorrisos, em gritos de fúria atrelados à verdades basais que significam vidas, que dão sentidos pra um vazio perante a finitude, a morte.
Nesse contexto passei a ser um observador, agir não faria muito sentido, já que qualquer ato parecia se basear numa estratégia racional de prazer imediato, a vontade de fazer estava sempre relacionada a vontade de aparecer, de ter nome... Talvez hoje eu esteja mais próximo do que pode ser um vagabundo, "Nunca trabalhou? Não tem carteira de trabalho?", mas me pergunto até onde sou capaz de aguentar a humilhação de trabalhar por dinheiro, agir pelo ter, agir pelo produto... sorry, i'm not open for business yet.
Ah, e esse jogo é bem divertido, pra quem nunca jogou xD

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

adentro a natureza, no berço enraizado que é a mata, só resta vergonha pra simplicidade da razão, ali abafada pela vida imediata e sólida da ordem que transcende a moralidade condescendente e cansativa, que modula a bondade civilizando-a, e direciona a vida para um eterno negar o mal.

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Simpsons - uma crítica à apropriação do conhecimento cientifico (Ep 05 Temp 07)

No episódio, mais comumente conhecido como episódio da Lisa vegetariana, assistimos a personagem passando por um conflito quando, passando por um parque de diversões encontra ovelhas, e imediatamente se encanta pela vida que transborda do pequeno animal, lá pelas tantas volta para casa, e é acometida pelo percepto de que esta comendo a carne do que outrora poderia ter sido seu amor.
Confusa. Luta contra a alimentação carnívora adotando um novo estilo de vida vegetariano. Notamos aqui o ideal sobrepondo a realidade, decorrente de uma imaginação fértil e exploradora, levando em conta que Homer, apesar de não parecer tão esperto, tem uma quantidade maior de experiencia sobre o modos operandi da sociedade onde vivem e este vai contra tal atitude(no final do episódio Homer pede desculpas e confessa que entende por já ter sonhado muito na infância).
É um dos alicerces da economia a venda de produtos alimentícios quais contém carne. É evidente a reprodução de tal ritual de criar, produzir e se alimentar de carne de gado, galinha, porco, etc... além de um juízo ético sobre a situação sabemos que é assim que funciona, e também que desde que o lucro venha, no modo de produção onde dinheiro é felicidade, esta ótimo para os grandes produtores que pilotam o rumo do comportamento social.
No meio de sua luta por uma alimentação mais consciente, professor skinner apresenta um video didático sobre como funciona a industria que produtora de gado. A ideia desses videos documentários é evitar a propaganda, apresentar como documento um parecer cientifico e cru da realidade proposta. Oque nem sempre acontece...
O apresentador do vídeo é um ator(personagem que representa a figura de um ator famoso) já bem conhecido pelos que acompanham a série. Pomposo e de queixo alto, o cara chega chegando, simplesmente discorrendo com timbre e perspicácia, sem esquecer de contar seu curriculum, sobre a alimentação e o abatedouro. A imagem da criança que apresenta uma figura de fragilidade e inocência baliza a relação e justifica um dialogo simplista. O pomposo ator argumenta sobre os benefícios e facilidades da produção de carne e termina o video posicionando a criança ideologicamente e com uma piscadela para as câmeras.
O melhor dessa parte é o porque do título. O apresentador justifica cientificamente o porque de um posicionamento ético. Chama o argumento cientifico que logo quando aparece, em prontidão para um monologo que se estenderia por no minimo horas, é estampado por imagens de natureza e uma explicação sensacionalista, de verdade inabalável, qual sem precedentes costuma ser carregada por homens ignorantes durante vidas, que encaram a ciência como verdade e esquecem que ela é busca.
Esses posicionamentos são melzinho na chupeta pra quem não tem certeza de nada. O problema da apropriação da teoria cientifica pra fazer propaganda é que a teoria é uma obra duma vida, e a propaganda só quer te convencer, nunca vai te dar o outro lado da moeda.
Afundam ainda mais o leigo! Podam asas de pequenas mentes brilhantes, como a da lisa, que se estrutura aos poucos, aos baques da realidade. É como um copiar e colar, toda a resposta subsequente para o mundo será baseada na impressão que fiz de uma realidade que não me pertence. Aprender a formula e não aprender aplica-la, é um dos problemas da realidade pedagógica do Brasil agora em 2014.
Isso é julgamento, isso é preconceito, isso é limitação! A crença na verdade absoluta do pragmatismo cientifico é uma descrença em toda a percepção que se torna superficial e vaga se estiver fora do estudo pormenorizado de um laboratório!
Já dizia Freud que "as vezes um charuto é apenas um charuto".
O posicionamento Ideológico demanda coragem para dar continuidade no movimento. No meio do episódio Lisa debanda e quase volta a comer carne, pelo destino é levada a prolongar a experiencia. Abu aparece e prova para ela que apesar da dificuldade de entendimento é uma opção de vida compartilhada ainda na praxis por algumas pessoas, esse a revigora e abre seu entendimento até a reconsciliação com Homer.
Chamo de coragem o conceito que se torna vida, o constructo que se torna comportamento, e a tentativa de mudança quando a maioria habituada bate de frente pra não perder o conforto. Levantar uma bandeira é mais do que perder a voz gritando por ela, é provar o porque dela ter sido levantada! Viver é contemplar o ser, enquanto ser-aí somos obra de um tempo, de tal forma que, todo o movimento que é por nós é também pela história, e pela marca que desejamos fazer na existência. Nunca sozinhos, por isso ressaltei no primeiro comentário o sonho sobre a realidade, pois só se torna realidade depois da concretização dos passos em solo vivo, entre os viventes.

Já dizia Freud que "as vezes um charuto é apenas um charuto".
O posicionamento Ideológico demanda coragem para dar continuidade no movimento. No meio do episódio Lisa debanda e quase volta a comer carne, pelo destino é levada a prolongar a experiencia. Abu aparece e prova para ela que apesar da dificuldade de entendimento é uma opção de vida compartilhada ainda na praxis por algumas pessoas, esse a revigora e abre seu entendimento até a reconsciliação com Homer.
Chamo de coragem o conceito que se torna vida, o constructo que se torna comportamento, e a tentativa de mudança quando a maioria habituada bate de frente pra não perder o conforto. Levantar uma bandeira é mais do que perder a voz gritando por ela, é provar o porque dela ter sido levantada! Viver é contemplar o ser, enquanto ser-aí somos obra de um tempo, de tal forma que, todo o movimento que é por nós é também pela história, e pela marca que desejamos fazer na existência. Nunca sozinhos, por isso ressaltei no primeiro comentário o sonho sobre a realidade, pois só se torna realidade depois da concretização dos passos em solo vivo, entre os viventes.

Link com Episódio comentado:
http://mais.uol.com.br/view/vtzludptk2f8/os-simpsons--7-temporada-episodio-5-completo-e-dublado-04028C993572C4B94326?types=A&

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Por que eu preciso ser chamado de alguma coisa? Só me chame de nada, eu sou nada...

Minha individualidade é um abismo muito grande pra esse pequenino espaço chamado planeta terra. 

Espelho

I

quando mandar-me virar
direi que quero olhar-te nos olhos

em toda a vergonha, no começo pudor 
mas até onde eu sei, eu 

será teu hoje, e quero que saiba que foi 
pois assim lembrará das formas e do aspecto daquilo que te viu e por você foi visto 

palavras secas, frias, você diz
mas são palavras não modeladas, são da sinceridade mais profunda de minha dor e prazer de ser humano

se deixar-me sempre guiar
vai encontrar em mim a figura dum prédio, dum armário

no orgânico da minha sinceridade
mesmo que seja defeito ainda é qualidade
encontraremos na dialética mediada pelo sentir orgânico
as essências que produzem e dão significado para os rostos


II

Hoje,
espiando para fora da carcaça séria que me faz razão
descobri mais uma vez que o que me guia são meus sonhos

carrego comigo
adentro à diversidade
meu eu intenção
que chora e sorri por amar

Sofro pela coragem de carregar a bandeira
choro por estar vivo
sou o que aqui escreve, refletindo as figuras internas
e no papel meu carinho, o meu amor

Danço pela estrada emaranhada da vida com meus nomes

Te amo pois te vi no meio da multidão

Como é bom saber que ainda sorri
só assim, e assim mesmo, eu sou o reflexo do teu amor
somos a troca de nós dois

depois de meus olhos cansados
o tesouro da felicidade encontrado por quem busca
quem não pede e nem espera

Como é bom te ver sorrindo

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Simpsons: sobre a diferença.

Moe protestando sobre o novo envolvimento do Bart, é um menino de origem oriental, de uma religião não tão comum. Moe diz que ele pode ser um problema, pode estar envolvido em algo maior, numa manipulação em massa, algo desse estirpe. Homer por sua vez responde: "Eu não concordo com você, a não ser que eu assista algum programa fictício que demonstre tua ideia!". Moe liga a tv e ta passando um filme sobre uma conspiração religiosa, homer ficar perplexo, encuba um estigma para o novo amigo, que o havia impressionado com elogios anteriormente, agora tudo isso cai por terra, e o novo - qual estava sendo encarado como simpatia e boa índole, mas não pelo que é(quero dizer não apenas o qualitativo positivo, mas também o negativo ), o novo neste caso se adaptou ao costumeiro (homer) para tornar-se próximo, aceito. (o bart havia feito isso com a mãe do pequeno amigo, provavelmente, devido a forma de educação que o personagem apresenta, o novo amigo utilizou-se das experiencias de Bart para tentar obter exito com Homer)
A impressão sobre o novo amigo da água do vinho se torna negativa, a interpretação se torna, parece ser nociva, incabível.
O diferente sempre é um estranho, um exótico. O ego sempre cria no tempo uma disposição premeditada do que pode vir a acontecer, por ser sempre a sua impressão sobre o mundo, aquilo que é quebrado demais, desconstruído demais, não se encaixa, se torna um furo, um buraco na estrada. O medo desse não entendimento, vem pela incapacidade de dar um passo adiante no desconhecido, o desconhecido é sempre possibilidade, e esta pode ser a morte! De imediato o diferente toma a forma do sujeito que o interpreta, e um grande rótulo o esmaga e o caracteriza, pra mais ou pra menos, nunca escapa de vagabundo ou genial. Tais extremos são próprios de um sistema reduzido de consciência, um sistema que trabalha com estereótipos, que planifica a existência, que retira sua expansão e a joga numa folha de roteiro, tal sistema gera perguntas do tipo: "Por que não alcanço a felicidade?" ou "Tempo é dinheiro"... Como se a felicidade fosse um ponto fixo num segundo plano, esta é sempre a negação do que parece ser a tristeza, o normal é parado, é inerte, deve ser então tristeza, e a felicidade significada como o extremo do "sentir-se bem" tem de ser verdade absoluta, caminho certo, sorriso eterno, isso não é real meus chapas! somos orgânicos, o alheio é que permite o movimento, na eternidade não há nada, só um ponto fixo de tudo ao mesmo tempo... a negatividade pura que permite o pensar. Não existe, a não ser num sistema de vida que proporciona aos viventes conceitos reducionistas e fixados SEMPRE no exterior a felicidade, o pensamento direcionado no que não tenho esquece da reflexão, e da tentativa de encontrar a felicidade, que é falta minha! naquilo que eu sou!
O afastamento de mim, uma felicidade no que esta fora, proporciona um não conhecimento de si, se não conheço a mim o que é que sei de você?Ou é, ou não é! Caixas fechadas conhecidas como estereótipos pra facilitar, e dar um jeito também na incapacidade de um juízo sobre o mundo.

sábado, 9 de agosto de 2014

Sombra/Luz

Da sombra, sobre sombra
na rua a continuidade
um rapaz, um menino, um homem

vento sopra no frio a verdade da ausência
o tilintar, da sombra ao clarão

a mentira encosta no meu ombro enquanto o raciocínio pesa distante
assim, na tentativa, no mais sincero suspiro, me contento em tudo
e se não for, apenas me conheçam pela minha sincera ignorância

se é tão fácil, antes da escrita talvez um peido significativamente fedorento

eu tenho fome
da fome eu tiro a vontade
compartilho no prato frio a negligencia visceral do vício
num canto sobre um manto de fantasias
nobres no esforço, reforçado pelo calor do suor de muitos trabalhadores que tem como finalidade a felicidade, como causa a felicidade, como objetivo a felicidade e na neblina o significado de amor se perde em tanta ânsia
a preguiça e a ganancia tem o mesmo gosto da gordura

Conformo me esbaldo de lixo e reclamo
insatisfeito com minhas ações
a atitude mais nobre é rabiscar um caderno
sozinho na luz de leitores que constituem a sublimação do meu gozo
carregam minha experiência, que pelo modificado me justifica
assim talvez nem tão sozinho

Fúnebre cabeça da fala mansa
na dramatização um ato de amor profundo, na mentira o frio, que só é calor enquanto pressão do sangue em minhas veias
dai-me a felicidade, a resposta da minha ânsia, meu sonho, que seja..
insuportável exigência que é ter de lotar tuas escrivaninhas, teu bolso, teu sorriso

Vivo, se não por mim, quem mais seria?
Erro metodológico
que nos teoriza a capacidade duma liberdade repleta de memórias reais

Mas parece, em as ultimas pressuposições de um preconceituoso, qe a culpa de ser um coitado restou inteiramente à mim
Sofro, no brutal da intensidade. Choro, lágrimas.
Tenho vertigens, não por calcular o tamanho do precipício
mas pelo final de uma pergunta que se conclui em morte, onde é sem consciência e resposta

ilimitado é o prazer transcendente da maior ganancia, da tal verdade, da tal postura moral absoluta
preciso citar o ideologismo?
Duma negação o egoísmo prevalece
pobre filosofia que não sustenta meu engendro, tão pouco justifica a maldade que mensura minha podridão e preguiça

Escapo na capacidade de desenhar símbolos, oníricos significados universalizantes
minha palavra constrói estradas, desvia o duro obstaculo
pena do não eu, se talvez um miserável de cara com o muro, pintado de tristeza, imerso na realidade do frio na pele

Espertos os sabidos que de tudo tem o melhor
Pintam os céus e a realidade com a cor da satisfação
Antítese da compreensão
Impossibilidade, enquanto necessitados de expressão(altruístas por dinheiro e reconhecimento), de conceber que as vezes a felicidade esta no contrário.

Peço desculpas

segunda-feira, 14 de julho de 2014

por ai

Nas manhãs das ruas frias passa pela estrada o que por ela passa Na simplicidade o sorriso descola e pelo dotado de senso tomado Hoje venta no que é um mundo nublado cortando os vacuos no espaço com corpo pesado Hoje estou sóbrio retido a alucinações normais de rostos turvos miragens estranhos verdadeiros pelo passo e as roupas

15/07/2014

Não sei se foi quando sorriu...
Mas fui o primeiro a ver
assim queria que fosse certo

aquilo que inventei sozinho com tua ajuda
dançando pelo espaço permitido, 
sobre os mosaicos meus pensamentos

De longe eu senti
e poderia jurar a realidade 
de poder saber que não deveríamos mais deixar

No ato, eu aguardava
pois na fuga dos olhos desacreditados
a qualquer momento os dois corações ouviriam o chamado
assim se faria comprovada a imagem de nossos sonhos

Pura covarde deixa-se enegrecer
fazer do mundo um calabouço
das pessoas ladrões
das expectativas mera esperança

terça-feira, 24 de junho de 2014

Machine man

No silêncio há o deslizar dos passos
E mais nada
não há nada pois não há espaço num mar vazio sem memória e palavra
a escuridão não respira
nem chora

Nela sou eu, e eu sou eu,
a palavra deixa de ser marca
e no asfalto correm todos dentro de máquinas enquanto
depois da porta...
sou eu e o nada

Na escuridão não há vontade
nem de silêncio

Não há escolha

A escuridão estagna, repulsa
seca a flora e esconde a fauna
o mal escapa diante do calor do fogo
e o coração frio é aquele que não ama

Eu me comunico com os carros
a máquina é a ultima lingua apreendida pelo homem
solitário

Na casca do design
a ultima voz
tangenciando em formas funcionais
uma civilização produtiva, progressiva,
até onde pode ser visto

O toque é metálico
conclui-se na resposta
como um quadrado que se termina em 4 lados

As posições tomaram nomes
a alma guarda-se no fundo
resignada pela imagem

São ruídos normalmente aceitos
duma violência coletiva, e socialmente aceita

Todo o ouro, toda a prata, para o resto, e o bronze
é o que resta pra entender

O ideal ainda aguarda...
num entendimento pressuposto pela angústia

Enquanto tudo é verdade em mundos observados de fora

Somos a função
na matéria ganhamos nome
e vivendo temos significado

Sou o ladrão, o padeiro ou o bancário
da minha boca: o roubo, o pão e o dinheiro

Palavras chaves completam o quebra-cabeças que faz de eu: numero/pessoa

Sou máquina que escreve,
sou escritor,
sou a máquina.

domingo, 8 de junho de 2014

O pouco que da-me o nome

O homem guardado, permanecido no lugar resignado, obstinado pelas câmeras que o guardam.
Deus é o nome do vigilante incessante, civilização é o nome da culpa...
e no escuro floresce em silêncio. Goza fisiologicamente, mas a ativação neuronal é a submetida pela condição: Gozo por dinheiro, gozo pela bunda saliente, gozo pelo tornozelo. Os olhos sensualizados são respostas imediatas às perguntas que carregam na semântica os próprios significados.
Deixei de receio, quando a tosse consumiu meu momento, que gastei reprimindo meu querer com a morte, e fui até a cozinha trancada.
De pé o silêncio fez-se no escuro, enquanto o som da tv era único sobre a alegria duma noite em outro lugar. Zunia mais alto que o substrato alcoólico que permitia a tolerância àquilo. Sobre deixar-se levar na vida... pra qualquer lugar? Eu pergunto...
é a recompensa ideológica ao cão trabalhador, que não conhece nada mais que as 4 paredes que o sugam, e o criam.
Passei pelo universo, antes de notar que dele eu sei algumas cores e poucas formas...
Disserto aqui, rapidamente, devido a inconstância da ideia, que se fugir muito torna-se monólogo, já que o preço da sinceridade não existe, nem tampouco a originalidade, mas sim o antes do personal. Este ultimo filtra, reduz, e engole o aspecto universal, até onde o limiar do perceber é consciente, que por ter nome ganha significado, esse algo insignificante mas existente! O ser de minha experiência, repleta antes do racional. Que me da a potência, em palavras se torna sentimento.
Disserto aqui sobre muito pouco que inconsciente não ignoro. Por motivos que na verdade trazem-me fórmula, e te digo que a viola que esta comigo é muito mais amor do que madeira.

domingo, 1 de junho de 2014

Você é legal

Cara, como você é legal!
sério.. ta de parabéns!
Só não pare agora, vai lá..
você é muito tudo isso que você é..
porra, mais fácil de descrever se eu fosse você.. 
não é uma pena, já que sou eu, e a legalzura pertence aos que se mexem
não pare agora, vai continue..
não tem porque, nem onde ou qual..
com os olhos ou ouvidos.. que seja com os dedos!
Toca aqui, e ai, como é que ta?
tudo em cima? belezinha? Rapaz!!!
Senhor ta bão? Vossa senhoria aprecia?
Ta loko! louco, sem noção, alucinado, fora da cazinha, demente caso clínico, transtorno psicótico,
bobinho pra mim, que puxa a cadeira
sorri na desgraça alheia o sem coração
é o jeito dele! Preconceituoso! A distância se faz no julgamento! Imoral!
E o respeito nós faz, o respeito a gente inventa
as vezes é melhor evitar e deixar caindo pelos cantos os moribundos
pipocando na ideia
cagando nas portas
e nas portas de casas fechadas
Enquanto felicidades, açucar, mel e tv
Será que mata ou não? Ansiados pela expectativa de uma atuação de cinema
A matéria é falsa, vocês sabem! Mas esqueceram..
Pois deitar sobre as tabuas machuca as costas.. e é por isso que usam colchão.
Inalando o tempo inteiro o próprio lixo
Comendo merda num sofá que espalha o corpo
E o conforto, e o conforto..
Enquanto não era essa a meta.. a crítica era sobre nós mesmos!
Infelizmente não fui legal por muito tempo
que seja por sadismo ou neurose
é o que tenho, é o que sei.

sábado, 31 de maio de 2014

Dialogando

A vida é uma dança de características distintas
se encontram, se desfazem, se reconstroem, se trocam, na palavra ou no toque,
enquanto vivos um caminho

nem sempre de terra ou asfalto,
as vezes parado,
um caminho..

que ilumina na dança do corpo
que é balanço de energia, em alguns casos vibrante
onde quem dispara, ou no olhar do silêncio
é o potencial


Enquanto penso
é do meu amor que florescem as palavras
que transbordam de mim a essência
e esclarecem os significados

para quem poder ver...
e quem não: também não eu
mas outro que diz, ou canta, ou chora, ou nada
para meus olhos antes da manifestação
inpercépto
insignificado

Da dicotomia a dialética do ser que reina
torna vivo o milagre no universo da existência

disparo de um universo longe do conhecer do meu saber
sentimento de uma razão sentida
que palpa e tateia a vida, antes da dedução
minha covardia hipotética, mas que me cria, então ainda eu

Sofro pelo que não sei, pois não sei o que é

nem longe, nem nos pormenores
pois é depois de quando eu termino

Entenda quando eu digo
que não é por mal que te machuco
mas é por não poder adotar aquilo que não me pertence
não um cego, mas de outro constructo
sou a possibilidade desviada
sou a clareza onde há treva
e a bondade no caos

E se não poder saber o que é entender
então, cuspa, violente, ou sorria

apenas, e antes disso, pois é assim que sei dizer
siga pelas curvas da estrada
da qual
eu de longe sei só o nome
e o peso do deslocamento de uma forma concreta ainda não viva no espaço.


quarta-feira, 28 de maio de 2014

algum lugar

Encontrado eu havia esquecido, mas nunca havia lembrado.
No céu, acima, e nos pés cravados no chão, eu quero dominar o mundo.
Modulando a síntese do meu dialogo, falo como se em terceira pessoa pra alguém... dialogo comigo?
Na massa plásmica que contém o substrato da vida, eu choro. E eu digo que sofro. Assim eu exclamo.
Talvez se eu ouvisse aquilo que te complementa eu parasse de escrever eu.
Mas pra continuar, se por escolha eu resolver não terminar, não haveria outra forma se não fosse de mim...
ou gradualmente as paredes, que tem o aspecto na memória, desfragmentariam... a luz cessaria seus feixes indo não embora, mas calando-se ali mesmo.. enquanto o organismo maturacionado contrairia-se, a alma escaparia para um buraco numa fenda espaço-temporal momentânea, sugando a existência de todas as memórias, uma história não teria nascido, e nada, e nada, e nada, nada, nada, nada, nada, nada
continuo silêncio imortal, mas estimulo escondido para os que desconsideram
talvez num mundo inteligível se torna cognoscível àquele que atingir-me por um segundo...
ilógico ignorado
pois  a prova não tem formato
só choca-se, depois e antes da vista, numa espécie de amorosa relação, constituída por ninguém mas existente entre todos que existem, que permeiam e estão imersos num efeito constante que é trás consigo vida.. se materializada e distante.

Café quentinho

Passando por tortuosos caminhos vai o viajante pelo murmurio.
Suas condolências? antes soubesse o que é não poder, e aquilo que é não saber. Do fruto come o maduro e cospe a semente.
Existia um grupo seletivo que do alto de um edifício cristalino, passavam aos condescendentes de nascença, as formas de se velejar, batendo sobre caixas negras, de mais pura manipulada tecnologia, com um sorriso estampado e solteiro. Ali mostra-se o necessário. Páginas e páginas de artigos curtos, provindos de vidas lentas e perturbadas que no subterrâneo pensam...
Sentei então para o café, meus olhos eram do decote mostroso e macio, da generosa e tímida garçonete que ali eu amei. Os olhos deslocavam-se e foram meus antes do pedido.
Será que há nome para o desejo que se faz realizado, nem que em fantasia dos meus lábios...? Chamaremos no final da noite, a interpenetração dos corpos, teus olhos delirantes, e o sabor da preensão de teu órgão umedecido, de amor?
Belo café! Servido quentinho... o diminutivo engrandece a ternura que sentem meus lábios pelo sabor que justifica meu momento. Aqui! deslocado, eu encontro mais uma parcela do que me faz personalidade.
Li hoje mais cedo nos jornais os ditos desleais de um local desigual. A lembrança, enquanto mais um gole de doçura.
Filósofo da ética justa, meu nome agora é conformista.
hummm... talvez mais uma olhada nos deslizes da perna nua, se não me falha a memória, isso é caridade!
Se existe (se existe: lutando agora para estabelecer claras conexões de maldade) qualquer coisa não certa, começa pelo fato de tanta beleza  estar aqui suprindo o vicio de um qualquer, este chamado pelo nome. Carregando a vontade dos pedintes, que por mérito se afundam... qualidades destemidas, justiça se faz no suor!
Deixe-me lembrar do nome desse corredor glorificado agora pelo jornal matinal... esqueci...
Mas que diferença faz, entre goles de açúcar, esquecido das 16 horas de serviço que só desgasta, para alegria uma boa dose de sofrer, hoje no triunfo que é minha folga.

domingo, 25 de maio de 2014

Infinito

Noite negra
que de cima da pedra plana
adiante da pilastra roída
mato, capim, ratazana
num pequeno pântano
no canto da terra vermelha

Um mendigo, amigo
da voz antes do sabido
Residente da palavra pouca
pois não há nome para o substrato do amar

No tijolo
da obra antissimétrica
cada espaço é uma tremida

enquanto embala junto do pendulo
ecoando a proximidade do fim da vida

Na luz
tem condição e qualidade de luz
Na luz
a luz
e só

No silêncio o grito de todos
do pó ao pó
com a morte todos os planos

Restam migalhas
concomitante esperança
para nossos erros

Se personal, sou objeto
e preconceito

não digo mais nada!
nada enquanto é tudo
aos convidados, aos conhecidos
no passado, sob a terra

nome só resta eu, e sobre mim chamem eles...

No escuro as velas significam nosso amor
tátil pela capacidade

apático, desamor, que não viu
mas não tem nome

calem a boca do mais um que não desistiu!
pela febre que corrói
pelo medo do esquecido
da transformação

Mas que falta do nunca tive..
egoísmo meu tornar teu corpo meu abrigo
minha energia em teus contos
minha casa em tua cova
que abriga no gosto da boca o infinito que me apaga

um abraço do coração distribui a alma sobre a pele

Escravo

zumbia deambulante

como da vida
construo a minha, tua, nossa, casa
na terra de nós
semeando nossos filhos
passos certos enquanto escuro
se esclarecido virá a ser
se não é até agora
é porque nunca foi ainda

em tempos de guerra
venha a paz
em tempos de paz
o marasmo clama a agitação dos corpos
nossos corpos
assim como nós, os de nossos pais

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Você é louco, joão?

Hoje parei pra pensar sobre como minha manifestação no planeta vem sendo, depois de ser questionado por um primo bem mais novo sobre minha sanidade: "Você é louco, joão?"
E eu não sei...
Penso que não, ou eu não poderia pensar..
mas já diziam os antigos que as impressões dos sentidos são enganadoras, e os trabalhos da imaginação possíveis ilusões, então, já que não posso fundamentar com tanta distinção tal afirmativa, nem de longe ela é uma máxima sobre mim.
Antes do final da oração anterior por alguns segundos exitei antes de concluir se o certo é mim ou eu, e agora gostaria de saber se haverá um momento onde o certo deixará de ser consenso. E antes mesmo dele ter se tornado, o mais próximo de minha certeza é que nesse dia tudo deixará de ser alguma coisa.
O movimento é vida.
A transformação é o afloramento do que é antes, a conjunção completa da substância que em contato com fluxos temporais modula-se, sobre si mesma, sem abandonar o passado, pois passado é presente quando o agora é cognoscível e assimilado junto à anterior estrutura. Nada, que não seja angustiante, entra de supetão na alma, a alma tem de abrir as portas e não abrirá para estranhos.
O estranho é aquele que, por infelizmente não ter sido conhecido, não pode ser objeto de nossos ideias, sua diferença acerta em cheio a nossa incapacidade de compreensão.
E o amor é a minha direção, é pelo que, é como, é a forma, é o que desejo sentir, e como desejo sentir.
Enquanto eu sou, enquanto não falo de verdade, mas falo como eu...
é o que eu tenho, e é tudo.
Se a loucura não nos permite ver a diferença. Se a loucura nos prende e nos animaliza. Se a loucura nos retira a humanidade.
É do diferente que falamos, e mesmo sem processo de cognição em alguma lugar ele esta.
É mais um preso, junto a todos tão repletos de individualismo que falam pela mesma língua, que vestem as mesmas roupas.
O horizonte é uma linha contínua que termina junto ao começo do relevo, ou o inicio daquilo que daqui não vejo?

terça-feira, 29 de abril de 2014

memória

O maldito sadismo consumidor leva-te rapaz ingênuo e das estruturas mentais sobram os vacuos imomeráveis fragancias reconhecedoras que planejam os caminhos anseio que qualifica o esforço direciona a ação, sou julgamento até o infinito passo por muro arrependo-me quando estou lembrado mas tão preocupado deixou a serviço do hipnótico servo alado passei por aqui outras eras este muro foi minha replica cosmonal e transformei o passaro que voa em meu amigo quando soube que a amizade não era assim tão subordinal as pontes que criei desfragmentando não são quase nada mas ao menos meu coração não esta sozinho reflexos esverdeados da mata o azul branco rompendo estilhaça os vidros que o transmitem e sem os espelhos não teria seu próprio nome caixas e caixas com os nomes das pessoas mortas que desdobram-se sobre a terra alguns ditos, alguns dizeres outros que resolveram só cantar e na estrada de cubículos soltos controlando a roda da carroça as vozes mandam-me parar sob o sino da nova morte da igreja mas não vejo meus pés ou mãos já que eu nunca soube, sou unidade antes dela mesma vai-te embora com tuas evidencias verdadeiras que tanto precisam ser lembradas e esmiuçadas assim como a mentira insiste que seja dessa vez meu deus

domingo, 27 de abril de 2014

Analise de personalidade de personagem: Jaime Lannister

Analise de personalidade de personagem: Jaime Lannister
"E eu, aquele rapaz que era... quando será que ele morreu, pergunto-me. Quando pus o manto branco? Quando abri a goela de Aerys? Aquele rapaz que queria ser Sor Arthur Dayne, mas em algum ponto ao longo do caminho transformou-se no Cavaleiro Sorridente" (A tormenta de espadas, As cronicas de gelo e fogo livro três, Jaime)
Acho que essa é uma boa introdução pra dissertar e lhes passar, se eu for apto até o final do monólogo, a impressão que o Regicida me passa.
Primogênito de twyn lannister, irmão gêmeo de Cersei Lannister, rainha de westeros, levando em conta o tempo-espaço e que se desenrola a estória no momento da reflexão do Jaime ali de cima.
Como sabemos, ou poucos sabem, custei eu saber, na verdade fiz uma pesquisa antes de começar a escrever aqui.. aos 15 anos foi nomeado à guarda real, os protetores da figura do rei, não só da figura mas também do ser em si, mas não confundamos estes cavalheiros com curandeiros/psicólogos. O rei é o rei, louco ou não, tem de se manter protegido e vivo, seu governo são suas leis, a estrutura gira em torno de um esquema estipulado pelo próprio. Caso este morra por assassinato, no caso de ser desbancado por rebeldes, ocorre então uma revolução copérnica na superestrutura do reino, na maneira de relação entre os 7 estados. Apesar de que os costumes são muito distintos em cada uma das regiões de westeros, nem de longe podemos desconsiderar a influência que a personalidade do rei tem sobre as demandas que o mesmo faz.. é exatamente pelo caminho que tem que guiará o povo seus súditos.
Nessa breve conceituação sobre o valor que a personalidade, ou seja, a objetividade da subjetividade, de cada governante, notamos então que nem sempre o eleito, eleito pelos vassalos numa guerra contra poderes que foram derrubados, numa espécie de instituição de novo poder, ou, na maioria dos casos, aquele que por sorte ou desgraça vem a ser o próximo na seleção do trono,  é um stark (honroso, escrupuloso) ou um baratheon (festoso, libertino), isso depende da agudeza de certas qualidades que mostram-se favoráveis em determinadas situações, qualidades distintas, repetindo novamente, e que de nenhum forma podem vir a ser julgadas se não por aquele que é o dono do poder em si, poder total e absoluto(poder que permite a construção de uma maneira de reger todos os homens, os distribuir, os questionar sobre o que deve ser e o que não deve, de toda e qualquer forma), o próprio rei, ou seja, apenas o rei tem poder sobre si mesmo, seu absolutismo consiste em ser o único que pode pensar sobre as próprias decisões, apesar da influência do conselho, a decisão provém das sinapses reais, seus paradigmas.
O que formula os pensares desse rei, apesar de ser tão poderoso, são os estimulos que pressionam o modulam sua alma, sua alma também esta em constante troca com o externo, ela recebe e também joga pra fora, essa troca é a garantia da existência, tudo aquilo que não pertence a esse movimento energético pertencente a tudo que é, automaticamente deixa de existir, ou seja, torna-se inconcebível, por não permitir a troca, não possuir a capacidade de expressão e retenção.
Jaime Lannister recebia estimulos do antigo rei targeryan, qual ele mesmo assassinou. Recebia também de todo o espaço, e possuía, por ser capacitado de uma lógica, de um poder racional, de uma alma, de um corpo, pensares próprios, que construíram-se dentro de si mesmo através da troca com o externo, e da troca consigo mesmo, assim a episteme, o saber próprio se formula..
Diante de um rei assassino(de jaime para rei, não de rei para jaime) seus juízos gritavam contra uma questão que levantava um parecer que pairava sobre sua mente desde todo o sempre, a questão é a seguinte: O que é honra? O que é ser fixo? O que é lealdade? Tudo isso contra um rei considerado insano por ele mesmo. Sua mente deslizava entre dois extremos: Ser leal é ser justo com a promessa.. mas presenciar assassinatos diariamente é ser justo? Se, de acordo com uma análise racionalista sobre um assassinato em questão, este, quando atingir a coerencia de todo o racíocino sobre ele engendrados, coerencia essa que consolida o fato de que não foi atingida por só um julgante, vir a ser um ato de covardia e de injustiça, ou seja, um ato injustificável, ponderando as afirmativas(se roubou, se matou, vai morrer porque? porque não vai ficar vivo?), então Jaime encarando tais verdades, e seguindo o fluxo de uma rebelião que terminaria com sucesso, não poderia deixar de executar aquilo que achava correto, já que em pensamento Jaime confirma que gostaria de ser como Arthur Dayne: Honroso, virtuoso, VERDADEIRO!
O maior problema que jaime encontra depois de tal execução, é a ignorancia. Esta o transforma aos poucos no Cavalheiro Sorridente pois, Jaime percebe a fragilidade e a incapacidade de uma existência real daquilo que seus ídolos chamavam de honra, honestidade... qual, se torna evidente, só funciona como um lembrete ou, poderia dizer, uma crença para tornar as coisas funcionantes. Digo crença porque o que eu quero dizer é que é um pensamento não fundamentado, o conceito é explanado, caligrafado, mas não alcançado. Tal ideia carrega consigo uma gigantesca estrutura lógica, inalcançável para aqueles que não se detêm a vivê-la, a pensar sobre ela.. Sor Osmund é um exemplo de homem que não atingiu tal pensamento, ai esta a diferença entre um mercenário e um cavalheiro... cada qual com sua substância/qualidade de pensar, não existe bagagem, estruturação de raciocinio, ou seja, de como se encara a realidade como um cavalheiro em um mercenário...
Podemos dizer então que Jaime não atendeu a altura, às capacidades necessárias, de um cavalheiro da guarda real.. sua dinamicidade de pensar assemelha-se mais a de um rei, este um que tem poder sobre a realidade, julga através de si mesmo, realiza através de si mesmo, do que de um cavalheiro obediente, podemos dizer honrado.. porque honra é uma constante que não se altera de dentro pra fora, mas de fora pra dentro.. é comparando aquilo que faço com aquilo que deve ser feito que sou reconhecido por ser honrado e correto..
Infelizmente os homens desorientados e ignorantes encontram em objetos fixos que exteriorizam a justificativa de ser, desconsideram esses que ser é modulação, construção, nunca foi absoluto, a todo tempo se fundamenta...
Acredito eu que Jaime Lannister é um desses que nota a incapacidade e a inocência de uma postura honrada quando estamos lidando com coerencias, consensos, não orgulho e centração.. mas abstração e lógica..
Entre agir de acordo, acordo atingido através de raciocinios, mesmo que estejam esses entregues a um modelo de pensar, no caso o de Jaime, Jaime não esta sozinho no mundo, esta imerso num tempo-espaço, qual possui cultura, ordem e etc.. isso tudo condensa a forma de interpretação dos fenômenos..
Entre o dever... aqui esta a culpa.. ser participante da guarda real é ser um protetor do rei, nada mais! Juramentado assim, isso justifica a vida do cavalheiro da guarda real, negar tal dever é negar o próprio existir.. mas não existe uma relação de ser para ser aqui, existir é estar vivo, estar vivo é ser individuo, ser sociedade, ser ambiente, tudo se conecta e se forma naquilo que somos. Mas assim como trabalhar no açougue é uma capacidade de certos seres, pode também ser destes a capacidade de tocar violão.. e mesmo assim isso não os justifica por completo.. o que é, é o que é em si, nunca se reduz aos atos da potência apenas.. mas a uma junção de todas as causas, principios, essência, e efeitos, ações, pensares, que engendram o ser. Nesse caso a relação de Jaime com a guarda real é mais uma das ações que de certa forma o significam parceladamente, mas não o justificam... Saber isso é saber porque Jaime Lannister vive em conflito com a maneira que é tratado pelo povo de Westeros e os pensamentos que tem sobre si mesmo..  
(Continua)

sexta-feira, 14 de março de 2014

vida

olhe pra isso que te digo
s ã o l e t r a s q u e
s e d e s c o n e c t a d a s
d e i x a m d e f a z e r s e n t i d o
e se eu vier a perder o poder de dizer
ficaria pra sempre perdido no escuro

o que é vida?

não quero te fazer parte disso que penso
pois é dolorosa a visão além da visão

mas haveria eu de ser o que se não apenas isso,
de que forma eu poderia lhe falar?
não tem outro jeito de ser, apenas sou

você insiste em se alimentar do meu vazio
que não é alimento pra alma escondida

não sou metade de um,
o que me aguarda é meu
o que espero é meu
representações da forma que move por mim

Silhuetas contra o sol
que erradia luminância
perspectiva universal
a vida que brota em meus olhos
que nunca vi a face mas sei do nome

já disse pra ir embora muitas vezes

esse é meu lar
onde estou, não como se pudesse escolher,
mas escolha, mas o meu lugar
contra a realidade sou eu
pisando sobre o solo plaino da terra esburacada
repleta e vazia

vou guardar enquanto houver lembrança

quinta-feira, 13 de março de 2014

Sobre ontem e o agora

Lembro da foto empoeirada das manhãs passadas onde não havia nada apenas eu e a estrada Tempo que passa e a vontade de gritar as vozes da alma contrariada pelo estar agora Fixo na ideia não tão certa mas se muito diferente longe do amor longe do lugar onde queria estar os sonhos acumulados que vejo de longe em faces desfocadas sobre um altar a grama sob meus pés que sinto me tocar úmida da chuva que vem à minha face conversar na surdina, sou sombra sob prédios em uma rua asfaltada levando às mãos os sonhos sem igual mas quando escuto outras vozes sozinhas e iguais tudo tão normal e não sei qual não sei eu sorriso marca registrada de felicidade da alvorada da aurora que iluminada se tornou a própria bondade do que sofre e não encontra a resposta que repousa junto à dúvida em nenhum lugar meu olhar que desvia-me não sei de minha forma enquanto enxergo vida alheia em bosques verdes da vida silenciosa a pulsar a consciência repartida do que vive e ressoa da partida como o reflexo do piscar filtra toda a sujeira e contra o fogo bate o ar intensifica a vida fria a vontade de sonhar sobre algum lugar semelhante o mesmo céu de nuvens diferentes que nunca saberei de que perspectiva realmente devo olhar pra ouvir tua voz distante dentro da vida antes da morte em algum lugar em tempo gravado na memória a história criada pelo ser da mudança mas que no final de toda a concordância apenas lembrança

quinta-feira, 6 de março de 2014

Coisas de hoje

E por todo o universo ecoa a mesma palavra
sobre o momento agora aproveitado
o escape para o conforto
toda a alma errante deixou de ser para, por um instante, acreditar
dissolver
sem nada realizar

Alma disciplinada na arte de ansiar
sofrimento determinado pelo não sucesso
cicla e cicla, se escondendo sob a sombra,
toda a vida, que assim deveria ser

existir é ser possível, agora!

chora, em desespero clama,
da garganta o som da voz que geme e apaga
a desacordada mente entorpecida pelo vício

reflexo no espelho, não percebido, apenas visto
não refletido
com caminho já certo, enquanto todo o mais não tem sentido

Tenta o mais um homem abrir o zippo com o indicador e o polegar
pressiona sem sucesso, já com a mão dolorida, resolve deixar pra lá..
mas seria realmente digno se conseguisse
seria legal!
Pensariam assim aqueles que o vissem

Esses observadores por todo o lugar
observar o que é, e aquilo que foi deixa de ter sido
Juízes que disputando contra todos por reconhecimento,
e contra si mesmos, contra o vazio, pelo direito individual
que se apaga na neblina irresoluta
desconexa
de uma mente fixa e cega

Ser deixa de ser pelo ter

Observam os bisbilhoteiros de outrora o véu que envolve o mundo
colorido transforma o extremo bem em qualquer um desejado
Grande quantidade de viventes, pouca quantidade de pensamentos.
Nada escapa tanto do igual
na multidão, o isolado, apenas esse é diferente

Se, a realidade forjada exprime o poder, que controla sua composição, através da beleza

Serei o belo e dominarei toda a consciência

Consciência que apaga é feia, e enquanto viva, como extremo bem, pende à beleza

Não pensas como pensas, pensas como deveria pensar
Quão bom é você onde a maldade é bondade?
Reduz-se então à um malfeitor, à ralé, não digno!

E seja honesto! Honesto consigo mesmo,
você mesmo, constructo social
honesto com o deus que te criou

É alvo agora de toda a bajulação
dos infortunados recebe os parabéns cabisbaixos
longe de todos
tornou-se o ideal
deixou de ser humano

Como é que o dono do poder, de todo o existente, distante da fraqueza, endeusado, como é que se sente?

Uma mente reduzida à um grande quebra-cabeças ideológico
de todas as necessidades
distante do que nunca teve a oportunidade de ser

Não há respostas para a mente lógica contra qualquer paradoxo
pois esses são divinos, do perfeito
não da reduzida ordem

Encontra-se em todo o lugar...
Ondas e ondas do que diz ser, mas não é! São coisas, são fora!
Enxerga, tateia, escuta, tem, mas não é!

Ciclo do querer.
Quando quer é porque quer, e não alguma coisa

Necessária beleza, quem a tem, tem o poder
Necessária força, que ma tem, tem o poder

Poder mantenedor da estrutura

aquele que não se move não vai à lugar algum
aquele que não fala nunca disse...

E quem é que vai lembrar daquele que nunca falou? Não há necessidade
por ali não há suprir, não existe saber para encontrar, nem pensamento pra flexionar,
não dessa forma...

Não sou representação
Não sou palavra
Não sou movimento
Sou existência
Infinita possibilidade

Não qualquer coisa, pois ambas são palavras,
pronome, substantivo
não vida.

Lá num lugar
onde não há pensar
quem pensaria sobre a espada contra o peito mortal?
apenas aquele que sofre

Corro contra a montanha ingrime
e sei que não há meios de subir

corpo da carne em evolução
já fui desabilitado de algo que hoje não sou

da crença, homem vazio
da segurança, onde é que estou?
mas pra qual lugar?
e se...
e se...

O primeiro dos homens foi um covarde.



terça-feira, 4 de março de 2014

Construção

Construção :
Existem coisas que marcam a alma pra sempre,
Coisas que mudam a maneira de sentir sobre as pessoas, de pensar sobre, sobre alguém em especial ... 

Isso é engraçado, porque enquanto sou vivo, sou possibilidade de qualquer coisa.. mas mesmo assim, meio que travado nesses princípios, somos alguma coisa

Observando eu entendi que toda a personalidade é formada em marcas, essas coisas que tem valores positivos ou negativos, o que julga o valor é uma marca anterior, e anterior esta ainda outra, esses principios são a casca do ser..
Incógnito esta o principio de tudo, que pensamento julgou a existência, sobre sua própria perspectiva, esse sem marca nenhuma, escolheu o que ver, mesmo sem saber o que era ver, mesmo sem ver exatamente... 

Ser é ser a construção..
ou ser é qualidade energética, energia pensante que é o solo onde se constrói?

sábado, 1 de março de 2014

Saber

declarar a própria ignorância...
se ter coragem é ter coragem de atingir aquilo que é necessário, que as vezes é nublado por medo, ter coragem é ter bondade.. bondade para com nós mesmos em relação a nossos anseios, os sonhos.

O maior dos medos é o de não saber
ser insolido
ser insuficiente para si mesmo
 temer o não saber é declarar que não se sabe, pois ninguém teme aquilo que não existe.. o que existe aqui é o não saber
 logo, se declarar ignorante é ter coragem de dizer que ainda não sei.. mas que posso vir a saber.

  Mesmo quando se trata o saber, saber algo não tem nada a ver com a verdade
saber é como se firmar sobre pedras num pântano.. esse pântano são as incertezas.. a verdade não se encontra nele.. e o saber é uma suposição segura, uma opção de caminho, daquele que emergiu do caos, o pântano, e estabilizou um caminho. Poderia esse caminho ser sobre as árvores, mas a estrutura enquanto se manifestando formou-se doutra maneira, de tal forma que talvez a árvore nunca tenha sido uma opção.

  A problemática é que aquele que esta seguro demais no seu pedregulho sabe tanto dele que perde a capacidade de perceber a árvore, já que o saber é uma estrutura, no inicio simples, vinda de um pensamento básico, mas quando complexada torna-se poder além do que é. Os criadores, projetores e desenvolvedores do saber inicial não vislumbravam a sua complexidade, complexidade que toma forma com o passar do tempo.
  Um saber é então deixado de ser parte do homem para ser construído fora dele, torna-se um complexo de vários pensamentos, é poderoso, é digno agora de muito tempo posterior para ser compreendido, seu valor é superestimado. Pois é esse mesmo o concretismo que mantém a estrutura, os pilares que sustentam o teto que é a maneira de pensar do homem racional/sentimental.  A partir desse saber, endeusado, tudo se baseia, lembrando que ele é a fuga de uma consciência primitiva, uma consciência sem estar consciente, para uma consciência agora consciente do que deve estar consciente, do que é necessário estar consciente, do que precisa ser consciente.
De tal forma que o primeiro hábito, que é a primeira repetição de uma experiencia não falha, de resposta completa, do externo para com o homem, tornar-se habito excluindo assim as outras possibilidades sem antes determinar o valor de todas essas.
Num oceano de possibilidades de existência, somos ciclo, somos repetição, a consciência é baseada no saber, na estrutura estipulada pelo homem da vida, a consciência é um sintoma.

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Consciência

Rolam pontes de sonhos distantes
e não percebido é o não compreendido
criam-se fantasias sobre o horizonte sem fim de um lugar irreconhecido
para uma mente ludibriada

Sou significado
sou existir para não ser apenas aquele que deseja
um paço adiante na jornada da vida e da morte
a mente ascendente
em crescente evolução
é sobre
age sobre
cria a partir
a ideia infinita da consciencia incessante até onde pode ir
antes em vida é vida que é
e depois da morte, desconstruída, outra coisa, outro elemento mesmo sem precisar ser,
aspecto irrelevante de um vivo consciente
mesmo que um diferente
a loucura está ai para quem a vê,
sou das palavras que significo
minha vida é um rito, um mito, um apito,
se precisar percorrer como som o vento


O sentir do agora
Ciente da causa e efeito
mundo elemento orgânico
da informação do todo consciência
Cosmo a estrutura de toda substância universal
que enraizado, se enraizou, se transforma

O céu e a terra
da união infinita, desde sempre
é o efeito da causa eterna do desequilibrio, da busca incessante de toda a substância
entre os errantes
entre os permanentes

Tudo que é elemento transforma

E se 1 começou condensado
sendo o centro do próprio eixo
seu pulso continuante
 das ligações atômicas de todos os mesmos principios
o ponto de partida,
longe do fim, ao lado do fim, antes do fim
é a separação

Repartição completa  do sentir uno
em momentos de um instante
agora habitantes terrenos gritando suas vidas,
pelas existencias sem justificativas,
de um espirito crescente

Bombas elementares de energia
informação orgânica
As consciências que são elevação do bruto
até projetarem ao externo,
em absoluta compreensão

Contorno da própria forma que se retrata
não em movimento, não parado


a palavra sem som do produto da alma,
do coração,
da memória,
da mente,
mas ainda assim presente
até no dito irrelevante

a cor de todas as cores que não pertence a nenhum grau de pigmentação,
nenhuma luz em meio à clarão
nenhum material
pois são os materiais da antiga construção, junção do inseparável
reduzidos da antiga organização da matéria pura
do significado anterior a significar
do ser por ser e não estar,
não ficar
nenhum lugar

os desejos da solidão

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Sol no céu/ Coroa no céu/ Janela

Sou o espírito mutável
Sou teus lábios, sou tua boca, sou tua carne
teu nome, duas sílabas  que terminam com a pronúncia
ecoa no escuro da caverna, mais profunda sem fundura
minha alma

Rosas, hoje
do perfume mais doce
de minha simplória percepção
que por ti expande
razões semelhantes aos teus olhos

Céu da imensidão, infinita possibilidade
carrega tua forma...
Ilumina os passos no escuro

Quem dirá sobre maligno vício
que acoberta as fraquezas do homem sóbrio
mas indigno ainda de perfeição ideológica do homem amor.

sábado, 11 de janeiro de 2014

Poeira

O resquício de amor gerado pelos olhos repletos de sonhos,
que são alimento da vida crescente..
que abrange e desvanece, cresce, acende e apaga,
na escuridão da todas possibilidades que são forma da alma que vibra constante
Os sorrisos da lady, a mais bela,
são da felicidade inalcançável,
quebram o vácuo entre os corpos que rangem,
explodindo excitam-se e aproximam-se

Passa o tempo da vida finita, dos passos não escolhidos,
e levam anos consigo nos rastros da poeira que vaga levanta e apaga..
em tudo o que é possível ..
em tudo que nunca foi...

aquilo que já viveu agora desacordado, por nada lembrado,
menos em datas de saudade,


onde o esquecido é lembrança...